Aveiro entrou no mapa europeu da Kidicalmass com cerca de duas centenas de crianças e famílias a pedalar por uma cidade “mais verde, com menos carros e menos velocidade, para poderem caminhar e pedalar para a escola ou brincar na rua sem medo”.
O passeio de domingo, dia 24 de Setembro, deu esse sinal em nome de um espaço público de qualidade e seguro nas deslocações para a escola.
O movimento KidicalMass decorre em várias cidades do mundo e procura dar visibilidade à necessidade das crianças e adultos poderem usar os modos ativos nas suas deslocações diárias (caminhar, bicicleta, skate, trotinete, patins…) exigindo a melhoria urgente da infraestrutura ciclável e a pacificação das ruas, com um grande foco nas envolventes escolares.
A adesão da comunidade foi considerada “surpreendente” pelos promotores, tendo sido a segunda cidade com maior registo de participação (a seguir a Lisboa), entre as 27 localidades que organizaram esta manifestação.
“Esta adesão demonstra que Aveiro está cada vez mais atenta e consciente do que é uma cidade desenhada para o dia a dia de quem mora e quer morar na cidade, para uma geração que está a crescer e que quer usufruir dos espaços públicos de socialização e brincadeiras com vizinhos e amigos, que se quer sentar à sombra de uma árvore a caminho de casa e quer ter a possibilidade de ir para a escola a pé ou de bicicleta sem ter medo. Uma geração que reivindica uma cidade com espaço para a nova geração”, refere a Ciclaveiro.
A massa crítica de crianças regressa em Maio de 2024.
No circuito cumprido por 218 pessoas, em 185 bicicletas normais, 2 bicicletas de equilíbrio, 3 cargobikes e 1 skate, acompanhado por 2 agentes da PSP em bicicleta e o apoio de um agente de mota que fizeram um percurso pelas envolventes escolares das 4 escolas de primeiro ciclo do centro da cidade (Barrocas, Glória, Santiago e Vera-Cruz) a organização notou alguns pontos que merecem reflexão.
Na Rua do Gravito (atualmente zona 20) dizem não existir medidas de pacificação, detetam velocidades excessivas e estacionamento abusivo; na Avenida Dr. Lourenço Peixinho, onde as bicicletas partilham o espaço com autocarros, referem a presença de carros estacionados abusivamente em segunda fila; e na área de coexistência no final da Avenida dizem que a solução encontrada não assegura as condições de coexistência referidas na sinalização vertical.