Aveiro: Coletivos da área ambiental assinam manifesto contra estacionamento subterrâneo no Rossio.

Movimento Juntos pelo Rossio, Associação Portuguesa de Educação Ambiental, Alvorecer Florestal, Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta, Associação de Defesa do Ambiente de Cacia e Esgueira, Quercus, Aveiro Climate Save e INCLU-RIA são os primeiros subscritores do Manifesto em Defesa do Jardim do Rossio e Património Arbóreo de Aveiro.

O movimento Juntos pelo Rossio divulga esta ação que espera, agora, a entrada de novos aderentes como forma de travar a “Requalificação do Jardim do Rossio e Praça General Humberto Delgado” na forma definida pela Câmara de Aveiro e que está a concurso.

E avança com a proposta de criação de um órgão consultivo composto por cidadãos e membros da sociedade que possa aconselhar e participar ativamente no “processo de tomada de decisão da autarquia relativamente ao futuro desenvolvimento urbano da cidade e à preservação da sua natureza e património”.

Defende a reabilitação do Largo e Jardim do Rossio “respeitando o espaço verde existente, sem o destruir, reforçando-o com as infraestruturas necessárias para que seja fruído pela população como espaço de lazer e de convívio, sem esquecer a sua relevância enquanto lugar de grande valor simbólico para a memória coletiva”.

Pede a manutenção do espaço verde da zona da Beira-Mar como ligação identitária da população local com o sistema natural de canais, continuando a servir de sala de visitas para todos os que visitam Aveiro e a preservação das espécies arbóreas existentes em diversas partes da cidade.

O Manifesto defende “crescimento económico-social da comunidade aveirense mantendo intactos os ecossistemas e estabelecendo regras de conduta, que tenham como princípio provocar o menor dano possível à natureza e reabilitar os sistemas ecológicos”; defende a conservação da natureza como “desígnio estratégico e operacional, incluindo ao nível da micro-escala de projetos de obra” e quer travar a “artificialização e impermeabilização do solo e que se valorizem os territórios com presença de elementos naturais num quadro de reconhecimento de prestação de serviços ambientais e de relevância para as atividades económicas”.

Os subscritores referem a urgência de elevar a “consciência coletiva” sobre a importância dos serviços prestados pelos ecossistemas e a importância da devolução à cidade de espaços verdes de qualidade, adaptados a todas as gerações, tendo em atenção o quadro de envelhecimento populacional atual.

Sugere a integração nos planos de ordenamento do território de “linhas de orientação estratégica no domínio da mobilidade e acessibilidades”

“Que se promova uma cultura de intervenção, construindo um espaço capaz de suportar um novo pacto urbano que tome como eixo estratégico a qualidade de vida, entendida como compromisso de participação, segurança e responsabilidade social, sobre um espaço urbano com qualidade ambiental”.