A Ciclaveiro analisa o balanço a 10 anos de ação autárquica no setor da mobilidade e conclui que a estratégia do executivo municipal é “ineficaz, desconectada da realidade e muito aquém do potencial do território e das metas de redução de emissões”.
É o contraponto ao balanço feito pela maioria liderada por Ribau Esteves, a 17 de Janeiro, que chega pela mão do coletivo que gere programas de mobilidade sustentável.
A Ciclaveiro afirma que as medidas tomadas e os investimento feitos não evidenciam “qualquer propósito de combater a excessiva dependência do automóvel privado nas deslocações urbanas”.
“É uma década de políticas e abordagens anacrónicas e feitas em contraciclo com as opções tomadas noutras cidades europeias (como por ex. Paris, Barcelona, Sevilha, Viena), que ambicionam uma neutralidade carbónica em 2050, com impacto profundo na organização da cidade, nos níveis de poluição do ar e sonora, na insegurança rodoviária e no bem estar e saúde dos aveirenses”.
Revela que já entregou esse balanço aos autarcas com funções governativas e ao Presidente da Assembleia Municipal.
Ribau Esteves assumia mudanças no paradigma da mobilidade mas a Ciclaveiro assume um discurso crítico salientando que as principais opções revelam-se contrárias a uma mudança de fundo.
O coletivo ciclável assegura estar do lado das soluções e disponível para trabalhar em conjunto com a autarquia.
“A Ciclaveiro continuará a fazer o seu trabalho, em conjunto com os seus associados, na certeza de que uma má visão, mesmo que repetida muitas vezes, não deixa de ser uma má visão, mantendo-se, como sempre, disponível para fazer parte da solução, com contributos e sugestões em prol de uma cidade mais sustentável, ou seja, que salvaguarde o direito à cidade por parte da nossa e das futuras gerações”.