As manifestações “Casas Para Viver” regressam à cidade de Aveiro a 27 de janeiro.
Será no Largo do Mercado Manuel Firmino, às 10h30, como reação ao aumento das rendas.
O movimento diz que os 7% de aumento nas rendas a 1 de Janeiro estão a pesar nas contas das famílias.
Numa conta de aplicação prática, o movimento diz que significa aumento de 63 euros numa renda de 900€.
“E os contratos são cada vez mais curtos e os senhorios a serem beneficiados com os apoios do Estado, enquanto quem precisa de casa para viver só vê as suas dificuldades a aumentar. Os despejos crescem. As ruas demonstram-no de forma bem visível”.
Com os juros em valores elevados o cenário agravou-se para a conquista e manutenção de habitação.
“O número de trabalhadores, muitos deles famílias completas, na situação de sem-abrigo, cresce sem parar. Entre aqueles que vivendo e trabalhando em Portugal, os que menos tem e menos podem, na sua maioria imigrantes, as casas sobrelotadas e o regime de ‘cama quente’ viraram regra”, refere o movimento.
Depois das lutas desencadeadas em 2023, o movimento Porta a Porta anuncia que vai voltar às ruas em 2024.
“Estamos fartos de escolher, pagar a renda ou comer. As casas são para viver, não são para especular. Queremos paz, queremos pão, queremos direito à habitação. É preciso pôr os lucros da banca a pagar para baixar as prestações. Estamos fartos de trabalhar o mês inteiro para entregar todo o salário ao banco ou ao senhorio. É urgente baixar as rendas e prolongar os contratos. Vamos lutar para que não haja ninguém sem porta de casa por onde entrar”.
O Porta a Porta lembra que este não é um ano comum na celebração dos 50 anos do 25 de Abril.
“Em véspera de eleições e dos 50 anos do 25 de Abril este é o momento para fazer cumprir a Constituição e assumir que só as propostas do Porta a Porta e da Plataforma Casa para Viver são as soluções necessárias para quem vive e trabalha em Portugal e precisa de Casa para Viver”.