Aveiro: Autocarros de turismo pedem apoio ao Governo para evitar falências. (notícia actualizada às 15:26)

O Movimento SOS Autocarros vai estar em Aveiro com a Marcha-Lenta “Queremos Trabalho, Precisamos de Vós”.

Os empresários do setor dos autocarros de turismo tinham lançado o movimento em Agosto como grito de alerta .

Lembram que em conjunto com guias turísticos, agências de viagens, hotelaria, agentes culturais e do entretenimento, garantiram a sustentabilidade da recuperação económica da última década.

Agora são vítimas da crise económica e social provocada pela pandemia da Covid-19.

Relatam quebras de faturação de 80% a 100% e adiantam que o layoff simplificado terminou a sua capacidade de resposta ao setor em Julho, em Setembro termina a disponibilidade das seguradoras para reduzir o valor dos seguros das frotas e em Março de 2021 terminam as moratórias das prestações das viaturas.

Perante este cenário, os empresários ponderam agora “despedimentos em massa, venda ao desbarato das suas viaturas, fecho das empresas ou mesmo a insolvência”.

E avisam também para o impacto da pandemia no setor automóvel.

“Se nada for feito, não teremos estes profissionais disponíveis para assegurar a recuperação do país no pós-Covid. Isto trará consequências graves também para toda a fileira de construção e manutenção de autocarros em Portugal, com milhares de postos de trabalho em risco e várias unidades exportadoras também em vias de fecho”.

Os empresários do Movimento SOS Autocarros apelam ao Governo que constitua uma equipa multiministerial, que reúna com os representantes das empresas de autocarros de turismo e setores deles dependentes e encontrem soluções urgentes principalmente para enfrentar o fim das moratórias dos leasings em Março em viaturas com custo de aquisição de 250 mil euros.

Perdem revalorização das frotas das empresas de autocarros de turismo, nomeadamente através da discriminação positiva dos autocarros de categoria 3, por exemplo no prolongar da antiguidade destas viaturas para o transporte de crianças; defesa das empresas com maiores quebras de faturação nos concursos públicos para transportes regulares da Administração Central e Local; justiça na relação das empresas com as seguradoras, principalmente quando o risco diminuiu brutalmente e isso não é refletido nos prémios de seguros ativos ou nos novos seguros; revisão da lotação permitida nos autocarros de turismo, equiparando-a à realidade dos aviões.

A volta a Portugal em autocarro para promover esta campanha chega a Aveiro esta segunda ao meio dia.

 

 

 

 

foto: ARP