O reitor da Universidade de Aveiro afirma que as celebrações dos 50 anos da UA assumiram o esforço comunitário e deixam essa marca perpetuada no encerramento com a colocação da cápsula do tempo que será aberta daqui a 50 anos, no centenário da instituição, em 2073.
Esta cápsula, depositada junto ao Glossário, um totem comemorativo da primeira meia centena de anos UA e que também foi, ontem, inaugurado, representam testemunho do presente para as futuras gerações, oferecendo uma visão única do quotidiano, valores e memórias que definem a academia e a sua comunidade.
Paulo Jorge Ferreira diz que a construção coletiva fica assinalada nesta comemoração de meio século de vida (com áudio)
A cápsula do tempo guarda uma coleção de elementos escolhidos pela comunidade UA para perpetuar o espírito do seu primeiro meio século.
Entre os conteúdos encontram-se mensagens em áudio de membros da comunidade académica e cartas das várias unidades orgânicas e de investigação, capturando as vozes e os pensamentos de uma época.
Num gesto simbólico de continuidade, o atual Reitor Paulo Jorge Ferreira deixou na cápsula uma mensagem para o Reitor da UA de 2073, estabelecendo um diálogo intertemporal que pretende ligar a UA de hoje à do futuro.
Incluem-se também na cápsula exemplares das edições da revista Linhas dedicada aos 50 anos da UA e o jornal Diário de Aveiro desta quarta-feira que inclui um suplemento especial sobre os festejos dos 50 anos da UA.
Estes registos jornalísticos e editoriais enclausurados na cápsula oferecem um retrato do contexto social e institucional que marcou esta data, sendo uma fonte preciosa de informação para as futuras gerações.
Além disso, diversos objetos que caracterizam o quotidiano da UA, como diplomas e medalhas, foram selecionados e depositados na cápsula para simbolizar a vida universitária e as conquistas da comunidade ao longo dos anos.
Para a UA, apontou Paulo Jorge Ferreira, a cápsula do tempo é muito mais do que uma coleção de objetos, é um símbolo de legado e de memória coletiva, um marco que celebra o passado e projeta a história para o futuro”.
“Através desta cápsula, a UA espera proporcionar à futura comunidade académica uma perspetiva sobre o presente, criando um elo emocional e institucional entre as gerações. Esta iniciativa é um tributo aos valores de união e compromisso com o conhecimento, um testemunho da perseverança e do crescimento contínuo da universidade”.
Para além do encerramento da cápsula, também marcou o dia a inauguração do Glossário, um totem de seis metros de altura revestido de azulejos, e que ficará para sempre no Espaço 50, uma área dedicada ao jubileu da UA, junto à entrada sudoeste do Campus de Santiago.
O Glossário, obra do Estúdio Pedrita em parceria com a Plataforma de Intervenção Artística Mistaker Maker, ergue-se como uma instalação permanente que celebra a ligação da UA à região e à sua comunidade académica. Com 2500 azulejos doados pela Aleluia Cerâmicas, o totem apresenta quatro faces que homenageiam elementos icónicos da região — Ria, Sal, Vento e Luz.
Cozidos no Departamento de Engenharia de Materiais e Cerâmica da UA, cada azulejo, de 14 por 14 centímetros, foi serigrafado com palavras escolhidas pela comunidade, representando valores e memórias das cinco décadas de história da universidade