Os trabalhos de desassoreamento atualmente em curso na Ria de Aveiro podem ser insuficientes, mas são um avanço muito significativo na resolução de um problema que se arrasta há décadas e para o qual os meios são escassos.
A opinião foi formulada pelo Presidente da Câmara Municipal de Vagos, Silvério Regalado, durante uma reunião com o MARIA para apresentação de cumprimentos e para introdução dos objetivos do Movimento de Amigos da Ria de Aveiro.
O autarca, que revelou estar confiante no envolvimento das autoridades na procura de soluções para os principais problemas da laguna, disse ainda que não devemos repetir o erro de estar 22 anos “sem nada fazer na Ria de Aveiro”.
Silvério Regalado concorda que os meios técnicos mobilizados para a obra de desassoreamento em curso possam vir de novo a ser usados numa ação complementar ou numa nova empreitada que permita estender a reposição de fundos e remoção de sedimentos a zonas, como as marinas e ancoradouros, que não estão abrangidas no atual plano.
Encontro que acontece na semana em que a Polis foi a Vagos fazer ponto de situação sobre o desassoreamento.
O autarca deixou elogios à forma como a empresa tem dialogado com as autarquias e acredita que o espírito de colaboração é para manter (com áudio)
Silvério Regalado saudou o aparecimento do Movimento Maria, assinalando que o envolvimento da sociedade civil na discussão e procura de soluções para os problemas da nossa região “tem sempre um caráter positivo”.
E destacou como relevante a articulação entre os municípios e as associações cívicas.
O futuro modelo de gestão da Ria foi uma das matérias abordadas no encontro com o Movimento a considerar necessário fazer a transferência das competências distribuídas por diferentes organismos da administração central para um órgão local, que dê expressão a todos os setores e interesses presentes na laguna.