A Associação Náutica e Recreativa da Gafanha da Nazaré reuniu com a administração do Porto de Aveiro reforçando o apelo a Braga da Cruz para que possa apoiar o dessasoreamento da bacia e do canal de navegação junto à Empresa de Pesca de Aveiro.
A Associação já entregou todo o processo para a dragagem da bacia e espera o seu deferimento para adjudicar a a empreitada a uma empresa. Numa instituição com 20 anos e que tem novos órgãos sociais, a preocupação foi desenhar linhas de orientação para futuro.
“Hoje apresenta muitos constrangimentos, principalmente devido ao assoreamento da Bacia da Marina, impossibilitando a saída atempada dos barcos, mas, também, provocado pelas descargas que poluem as águas e as margens. Acresce a tudo isto, a falta de espaço para os barcos e para as viaturas automóveis dos sócios e daqueles que nos visitam”, refere Humberto Rocha que lidera a direção.
Na reunião com Braga da Cruz pediu a reparação da muralha que está em ruínas junto à estrada, na curva do Egas, que coloca em risco a estrada e a marina e pediu o aumento do parque de recolha de barcos em terra, entre a vedação sul da Marina e a vedação da linha férrea.
“É um espaço desaproveitado, mas, principalmente, com o aspeto de matagal, que vai sendo, embora indevidamente, utilizado como lixeira”.
Na mesma reunião surgiu o apelo à criação de estacionamento automóvel debaixo da ponte, colocação de lombas na estrada, uma de cada lado da grua dos barcos, para prevenir acidentes, cuidados para evitar focos poluidores de esgotos que drenam para a marina e informação sobre a previsão da construção do Porto Abrigo para os Pescadores Artesanais.
Humberto Rocha acredita que Braga da Cruz “acolheu bem” as sugestões com promessa de reparar a muralha na curva do Egas, logo após a dragagem.
A Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha reuniu também com o Comandante da Capitania do Porto de Aveiro, Capitão-de-fragata Carlos Alberto Isabel, a quem manifestou disponibilidade para colaborar em alertas que os habitantes e as associações da zona ribeirinha vão carreando para a Capitania.
A Adig chamou a atenção para questões no Canal de Espinheiro onde existirão dois montes de pedra, entre a margem norte e o meio do canal, que têm partido hélices dos motores; no Canal do Boco ou Bacalhoeiro com a formação, tipo “coral”, que tem aumentado, no lado sul da Ponte Gafanha – Aveiro, entre o meio do Canal e a margem nascente, que tem provocado acidentes; no Canal de Ovar, com estacas delimitadoras caídas, depois da Pousada, sendo um perigo para a navegação; no Canal de Mira com deficiente balizagem entre Ponte da Barra e Gafanha da Vagueira e no Canal do Boco ou Bacalhoeiro sem balizagem do canal de navegação, desde a Ponte da Cale-da-Vila até à Gafanha d’Aquém.