Joaquim Ramos Pinto, presidente da Associação Portuguesa de Educação Ambiental, reconhece a conferência do clima como importante para discutir temas de interesse coletivo.
A ASPEA esteve representada na COY15 por Ana Sofia Henriques, uma jovem estudante de direito e que faz parte dos corpos sociais da associação.
Esta jovem integra um grupo internacional de jovens da “Agência Jovem de Notícias” que está a reportar notícias diariamente sobre a sua participação.
O presidente da Associação que tem núcleo em Aveiro defende que se trata de um momento decisivo quando se sabe que as emissões de dióxido de carbono continuam a aumentar.
“A COP 25 tem uma grande importância. É esperado que as delegações de todos os países elaborem as regras e condições que devem reger o Acordo de Paris quando o mesmo entrar for aplicado, em 2020. Os negociadores têm de definir objetivos mais ambiciosos para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, de modo a que sejam cumpridos os acordos e, ainda mais importante, de modo a conter o crescimento da temperatura global dentro do limite de +2°C, em relação à temperatura média da era pré-industrial. Isto aparenta ser um desafio cada vez mais urgente que ainda não se desenvolveu na transição necessária para uma economia e sociedade livre de carbono, não obstante o facto de o aquecimento global estar a agravar e os seus efeitos no planeta e na população estarem a piorar”.
Esta quarta-feira, o presidente da ASPEA vai participar numa mesa Redonda, onde será lançado o processo de elaboração da Estratégia Espanhola de Educação Ambiental, tendo a oportunidade de dar o seu testemunho sobre a participação da ASPEA na elaboração da Estratégia Nacional de Educação Ambiental e o percurso de 4 anos da estratégia.
Ana Sofia Henriques ASPEA integra um grupo de 30 jovens vindas de 8 países diferentes (Brasil, Colômbia, Argentina, Costa Rica, Itália, Espanha, Portugal e Arménia) que participam em atividades e fazem a cobertura da 25° Conferência sobre Alterações Climáticas da ONU (COP 25) e da "Cumbre de los Pueblos", que se realizam ambas em Madrid, de 2 a 13 de dezembro.
Em artigo de opinião, Ana Sofia Henriques revela que há testemunhos marcantes sobre emergência climática.
“Notou-se que a crise social vivida no Chile é uma reflexão da crise climática, e ambas são uma expressão da forma como vivemos na Terra; assim como, o facto de ser crucial uma mudança do conceito de sucesso e da necessidade de levar a discussão e soluções das alterações climáticas a todos os cidadãos do mundo”.
Os jovens equacionam medidas como o agravamento de impostos nos combustíveis fósseis e a promoção da florestação em países em desenvolvimento.