Portugal procura regressar à normalidade, esta terça, em pleno, com a reposição dos serviços de energia mas ainda com apelos ao consumo racional.
O apagão energético desta segunda-feira deixou a população em sobressalto e levou a nova corrida aos espaços comerciais para compra de bens alimentares, geradores e lanternas.
Não há ainda indicações sobre as causas do apagão ocorrido às 11h30.
O Governo explica que ainda não há dados concretos sobre as causas mas admite-se que esse apagão possa ter tido origem em Espanha.
Sabe-se que afetou regiões de vários países mas com particular incidência a Península Ibérica.
Luís Montenegro liderou um conselho de ministros extraordinário e no final garantia que não existia razão para alarme.
Serviços de urgência mereceram prioridade quanto à disponibilização de meios para assegurar respostas em equipamentos hospitalares e unidades de saúde familiares e meios de socorro e segurança.
Preocupação também com o fornecimento de água.
O sistema regional de abastecimento de água do Carvoeiro chegou a ativar geradores para garantir os mínimos na captação de água.
Os caudais foram reduzidos e a ADRA chegou a lançar apelo ao consumo moderado de água restringindo-o aos usos essenciais.
Um apelo que visava garantir o funcionamento contínuo dos serviços críticos, como os hospitais.
“O Governo está a acompanhar a situação com todas as autoridades nacionais e internacionais”, referia o primeiro-Ministro.
À medida que o fornecimento era retomado em diferentes regiões de Espanha, Portugal seguia caminho idêntico com a ativação gradual das centrais de energia.
Aveiro começou a notar essa reposição ao final da tarde, entre as 18h e as 20h, e no concelho de Ílhavo a reposição confirmou-se entre as 19h e as 21h.
Na estrada, a preocupação esteve centrada na segurança uma vez que os semáforos estiveram desligados.
Metro, aeroportos e comboios registaram perturbações e os serviços estão agora a tentar regularizar as operações.
A Comissão Europeia está a acompanhar de perto o apagão que afetou Espanha e Portugal e está a discutir as possíveis causas da falha com ambos os países.
Foi um dia de especulações sobre um eventual ataque cibernético mas até ao momento sem que as autoridades confirmem as causas deste incidente.
Para o comércio gerou-se um desafio que fez lembrar os tempos da pandemia.
Corrida aos supermercados, água esgotada e compra de bens nos locais que permaneciam abertos.
Os sistemas de pagamento estiveram inativos e a reposição de bens não conseguiu acompanhar a procura.
Nas drograrias, em poucas horas, venderam-se todos os geradores, lanternas e placas de fogão a gás.
Um pico de procura que deixou os comerciantes sem capacidade de resposta logo a partir das 15h quando era reportada uma anomalia grave e para várias horas.