Águeda realizou o I Congresso de Educação e Saúde Mental.
Encontro reuniu técnicos, profissionais dos setores da educação e ação social, educadores e comunidade para abordar a Educação e a Saúde Mental.
Este encontro, que decorreu no Centro de Artes de Águeda esta semana, reuniu “diferentes e complementares agentes das áreas da educação e da saúde mental”, que partilharam conhecimentos, ideias e projetos sobre esta temática “tão atual quanto fraturante”.
“Urge a adoção de políticas públicas nacionais com impacto direto na promoção da saúde mental de toda a população e com especial enfoque na das nossas crianças e jovens”, disse Marlene Gaio, Vereadora da Educação e Ação Social da Câmara Municipal de Águeda, no I Congresso de Educação e Saúde Mental – Caminhos a trilhar.
Marlene Gaio alertou para alguns indicadores que “apontam para um agravamento” das questões relacionadas com a Saúde Mental na sociedade em geral, e nas crianças e jovens em particular, nomeadamente motivados pelos “acontecimentos recentes, como a pandemia, isolamento social e a instabilidade sócio-económica”.
A organização deste congresso procurou criar uma plataforma de discussão desta problemática, criando uma rede de partilha de conhecimentos, projetos e ideias para aplicar “nas nossas comunidades educativas locais de forma a que as nossas crianças e jovens possam ser cada vez mais otimistas, mais positivos, mais resilientes e capacitados para lidarem com as frustrações e as contrariedades das suas vidas”.
“A importância da Saúde Mental”, “A Escola e a Saúde Mental – Caminhos a trilhar”, “A importância dos projetos de impacto social”, “O papel da Escola na Promoção da Saúde Mental”, “O papel das autarquias na promoção da Saúde Mental” e “O humor e a Saúde Mental” foram os temas em “cima da mesa” neste encontro.
Sofia Ramalho, Vice-Presidente da Ordem dos Psicólogos Portugueses, também presente na sessão, refletiu sobre a intervenção psicológica em contexto escolar, destacando que o Município de Águeda é exemplar na abordagem a esta matéria.
“Esta tem sido uma particularidade e preocupação do Município e é algo que devemos estender a todo o país”, declarou, alertando ainda para a importância do “auto-cuidado”, ou seja, numa “promoção da saúde psicológica do próprio” para que se possa “promover a saúde psicológica daqueles que nos rodeiam”.