Depois de mais uma noite sem urgência em Águeda, a Comissão Concelhia de Águeda do PCP afirma “preocupação” pelos sucessivos encerramentos.
O Partido Comunista diz que este é o “resultado de décadas de medidas de ataque ao SNS, que o PCP tem vindo a denuncia e combater”.
“É a prova que o SNS precisa de profissionais e de os valorizar, necessidade premente para salvar e fortalecer o SNS. As políticas de saúde não se fazem com paredes pintadas e a desvalorização do Hospital de Águeda conta com anos, nomeadamente pela perda de serviços e valências”.
O PCP lembra que a falta de profissionais de saúde é um problema que se sente há muito no SNS.
“O estado das carreiras, as remunerações insuficientes, a falta de condições de trabalho, designadamente em matéria de equipamentos e instalações e o recurso sistemático à prestação de trabalho suplementar, inviabilizando a saudável articulação entre vida profissional e familiar, constituem motivo para que se agudize a falta de profissionais de saúde no SNS”.
O encerramento dos Serviços de Urgências Básicas na madrugada de 17 e esta noite está a provocar agitação.
O PCP lembra que os utentes ou são obrigados a ir para longe ou em caso de viajar para Aveiro vão encontrar uma urgência sobrelotada.
“A resposta ao problema não passa por encerrar serviços. Passa antes pelo reforço dos profissionais de saúde ao serviço no SNS, com condições de trabalho adequadas. É preciso lutar e defender o SNS. É preciso dotá-lo de meios e recursos para dar resposta aos problemas das populações, nomeadamente a contratação e fixação de profissionais de saúde, o que passa pela valorização das suas carreiras e remunerações e pela implementação da dedicação exclusiva; a atribuição de médico e enfermeiro de família a todos os utentes; a recuperação das listas de espera; a dotação dos cuidados de saúde primários dos instrumentos de diagnóstico. O PCP irá questionar o Governo sobre que medidas urgentes tomará para reverter a atual situação e para garantir a abertura do Serviço de Urgências Básicas de Águeda”.