A Maratona tecnológica de 72 horas na praia da Costa Nova foi um sucesso e promete voltar em 2018.
O primeiro Sunset Hackathon, promovido e produzido pela associação Hardware City em co-promoção com a Câmara Municipal de Ílhavo, destaca-se por ser a primeira e maior maratona de desenvolvimento de produto em inovação aberta, onde empresas de renome mundial desafiaram os participantes a repensar conceitos complexos e a desenvolver soluções inovadoras.
Foram 3 dias com cerca de meia centena de participantes divididos em 12 equipas, em conjunto com mais de uma dezena de mentores e apoiados por uma equipa de voluntários.
Com vista a dar resposta aos mais variados desafios propostos pelas entidades presentes (como a Bosch, a OLI, a MOTOFIL, o CEiiA e o BITalino), os participantes idealizaram, desenvolveram e apresentaram provas de conceito dentro de âmbitos diversos como a interação com carros do futuro, programação de robôs industriais colaborativos, inovação nos sistemas sanitários, construção de tags para animais marinhos e dispositivos biométricos que criam música com as emoções humanas usando tecnologia made in Portugal.
Quatro equipas estiveram em destaque. A equipa The Gatekeepers - constituída por jornalistas / curadores de conteúdos, developers das áreas STEM e criativos/designers (UX, storytelling, interactividade) - foi a primeira a ser chamada para receber uma menção honrosa pelo esforço desenvolvido durante a maratona, na qual desenvolveu uma aplicação (Use Case) bem sucedida usando a plataforma da ClusterMedia Labs.
Esta aplicação permite aos media a contextualização “on-the-fly” de conteúdos multi-formato com sincronização aos instantes das peças vídeo (por exemplo, um documentário em que em simultâneo, a partir de uma aplicação, são apresentadas informações relacionadas com o conteúdo numa layer adicional de informação), mostrando que a área dos media pode ganhar e muito aproveitando este ambiente de inovação aberta e de contacto com os tecnólogos.
Em terceiro lugar, a equipa doeszic ganhou um cheque-formação oferecido pela UNAVE após desenvolver um wearable com base no BITalino para produtores e artistas musicais, com o qual os utilizadores podem produzir música com base em sensores biométricos, tais como movimento de músculos, ondas cerebrais ou batimentos cardíacos, cuja novidade é captar as emoções do artista.
Em segundo lugar a equipa CreativEngineers ganhou o prémio de €1000 por ter programado um robô industrial colaborativo e criado uma garra segura, movida a ar, usando tecnologia inovadora de impressão 3D.
A Motofil viu no evento a oportunidade de experimentar o Verdinho (como é carinhosamente chamado), único em Portugal, adquirido propositadamente para o evento, que demonstrou ser possível a colaboração segura entre robôs industriais e seres humanos.
A equipa vencedora, com um prémio de €3000, foi a equipa 2017: Odisseia na Costa Nova que apresentou um interface para um carro autónomo capaz de reconhecer utilizadores pela voz e respectiva localização dentro do veículo, atuando segundo as preferências de cada passageiro e a sua posição no carro.
Esta equipa provou que se podem criar rapidamente provas de conceito avançadas, tirando partido de hardware off the shelf (produtos comerciais) para se poder testar soluções de produto para a área automóvel.
"Para resumir a experiência que levo do Sunset Hackathon: aprendi mais em 3 dias junto de pessoas super talentosas que num ano inteiro de faculdade”, disse Rui Mendes da equipa “2017: Odisseia na Costa Nova”.
A organização admite já a realização da segunda edição em 2018.