O Dia do Fumador que se assinalou ontem foi momento para a Comissão de Trabalho de Tabagismo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia alertar os cidadãos. A dependência surge como ignição de doenças e os fumadores não têm essa consciência.
“Claro que o fumador tem a liberdade de escolher ser fumador, da mesma forma que qualquer pessoa que tem uma dependência pode escolher manter essa dependência. É uma escolha limitada, no entanto, uma vez que enquanto se mantem a fumar o fumador não tem a liberdade de decidir: hoje não vou fumar, ou só vou fumar um certo número de cigarros. E mesmo que o façam é sempre com esforço e contra a sua própria vontade de fumar”, refere Paula Rosa da Comissão.
Os responsáveis consideram que a pressão sobre o fumador não é a melhor solução e defendem que os cortes devem ser radicais. “Os estudos feitos demonstram que a forma mais eficaz de lidar com qualquer dependência é parar completamente. É como desligar a dependência”.
O coordenador da comissão de trabalho de tabagismo, presidente da sociedade portuguesa de pneumologia, José Pedro Dolleo Tomé, em declarações à Terra Nova, refere que o vício tem força mas a "libertação" é possível (com áudio)