O movimento Maria quer compromisso por parte dos candidatos às legislativas e no encontro com o cabeça de lista da CDU realçou a abertura para os problemas do assoreamento da Ria de Aveiro e quanto ao futuro modelo de gestão deste ecossistema.
A reunião, que ocorreu a pedido do dirigente da CDU, prolongou-se por mais de duas horas e permitiu passar em revista todos os assuntos com relevância e interesse para a vida e para as diferentes atividades na Ria Aveiro.
Tal como tinha dito em Ovar, o candidato reafirmou como “incontornável” que as obras de dragagem em curso em diferentes pontos da Ria de Aveiro incluam as marinas e as infraestruturas dos clubes náuticos e da pesca artesanal.
O MARIA, por seu lado, expressou ao candidato que a exclusão da dragagem em curso dos locais onde estão fixadas as marinas da náutica de recreio e da pesca em toda a extensão da Ria seria “desperdiçar a oportunidade de fazer este trabalho por um custo moderado, considerando que os meios vão estar mobilizados na Ria nos próximos dois anos”.
Relativamente ao futuro modelo de gestão da Ria de Aveiro, o movimento fala em “coincidência de pontos de vista relativamente ao formato do órgão que ficará responsável por esta ação, tendo ambas as partes sublinhado a necessidade de os diferentes interesses e atividades da Ria poderem vir a estar ali representados”.
Miguel Viegas e os representantes do MARIA concordaram ainda que o futuro órgão de gestão da Ria deverá ser assessorado por um conselho técnico-científico independente, onde intervenha, nomeadamente, a Universidade de Aveiro, que dê suporte às decisões que venham a ser tomadas e que tenham impacto no ecossistema.
Os temas da pesca, da produção de bivalves, do aumento das amplitudes de maré no interior da laguna e ainda o impacto das alterações climáticas na Ria de Aveiro foram igualmente temas dissecados durante o encontro.