O município de Vagos vai avançar com construção de habitação a custos controlados.
É uma das medidas previstas pela Estratégia Local de Habitação para responder aos problemas sentidos neste setor.
Está anunciado o lançamento de um programa de apoio ao arrendamento e o principal foco de preocupação são as famílias de classe média e famílias de fracos recursos que vivem em habitações sem condições.
O autarca de Vagos, Silvério Regalado, apresentou os planos.
Lembra que a estratégia foi aprovada em Setembro de 2020 mas só agora entra em fase de operacionalização para responder aos apelos das famílias, da indústria e dos imigrantes.
Numa década, Vagos regista mais 2 mil trabalhadores nas zonas industriais (com áudio)
Há 203 agregados em situação indigna de habitação e 140 já tomados como prioritários e em fase de contacto.
Os processos cadastrais, a legalização, a resposta dos empreiteiros e a falta de mão de obra são constrangimentos à execução.
Silvério Regalado diz que a existência de meios financeiros do PRR não garante, por si só, a resposta uma vez que a falta de mão de obra é um dos grandes obstáculos à transformação do edificado urbano (com áudio)
Álvaro Santos, da consultora Agenda Urbana, que trabalha na estratégia local de habitação, assume a questão industrial como fator chave.
Diz que a oferta de emprego, os requisitos para uma pegada ecológica cada vez mais neutra obrigam as empresas a recrutar perto dos locais de emprego.
Fatores que, segundo este especialista em planeamento, fazem de Vagos uma nova centralidade (com áudio)
Vagos avança com um programa que envolve cerca de 10 milhões de euros em investimento na resposta aos problemas da habitação.
Tem acordo com o IHRU no valor de 5 milhões de euros e quer mobilizar recursos para fomentar a reabilitação e disponibilização de casas no mercado de arrendamento.