Marcelo Rebelo de Sousa visitou zonas afetadas pelos incêndios de Outubro, em Mira e Vagos, e deixou garantia de que espera antecipar as visitas de Maio para verificar o estado de recuperação de empresas e habitações.
Passou por pequenas explorações e grandes empresas (Riablades) e contactou com os Bombeiros Voluntários de Vagos.
O Presidente elogiou as seguradoras pela resposta atempada e lembra que esta quarta haverá reunião em Coimbra, na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, sobre verbas para apoio à recuperação em áreas não cobertas pelos seguros. Diz que só assim será possível coordenar os esforços com os poderes públicos.
Marcelo afirma que a sua viagem pelo país vai contra o esquecimento e lembra que há duas realidades a gerir em simultâneo: o Portugal da Web Summit que se mostra ao mundo em Lisboa e o Portugal que ardeu em Junho e Outubro (com áudio).
Marcelo Rebelo de Sousa traçou um cenário mais positivo devido à capacidade de reação instalada e afirmou que o Natal de 2017 passa a funcionar como referência para alguns desses projetos de recuperação.
“Encontrei seguros seguros a funcionarem, disponibilidade para discutir a capacidade de apoio na parte que os seguros não cobrem e prazos curtos de construção. Isso é muito positivo. Agora já não é em Maio que virei. Nalguns sítios virei até final do ano o que quer dizer que se está a construir mais depressa do que se pensava”.
O Presidente avisou que Maio de 2018 está cada vez mais próximo e que é necessário criar novas respostas operacionais com as diferentes forças. GNR, Forças Armadas, Proteção Civil, Sapadores Florestais, Vigilantes da Floresta e Bombeiros são desafiados a um trabalho conjunto em que todos se complementam.
“Está a ser estudado um puzzle. Todas as instituições são fundamentais. Nenhuma componente se pode substituir a outras. Estamos em Novembro e, em Maio, se não for antes, há desafios que exigem resposta rápida. É um trabalho que tem que ser profundo e rápido”.
Em Vagos o Presidente da República foi informado de prejuízos que podem chegar aos 10 milhões de euros. Silvério Regalado defende que os incêndios de Outubro deixaram lições importantes. Desde logo que a atuação do Estado e das Autarquias “se foque na prevenção e, mais tarde, no combate com a formação de equipas preparadas para essa função".
Foto: BVV