Vagos vai comprar o espólio do Museu do Brincar por 265 mil euros mas a medida recebeu alertas de vários deputados municipais.
A autarquia quer instalar o espaço no seu local de origem, depois das obras de reabilitação e ampliação do Palacete Visconde Valdemouro.
O autarca de Vagos explicou aos deputados municipais na Assembleia, desta segunda, que o espaço fundado em 2012 por Ana Barros e Carlos Rocha (Jackas) é hoje uma marca do município.
A associação Arlequim, até aqui responsável pelo espaço, continuará a dar assessoria técnica durante quatro anos.
O PS, na voz de Óscar Gaspar, levantou questões procedimentais a propósito do acordo de assessoria que será estabelecido (com áudio)
Os custos da operação levantam dúvidas entre as bancadas da oposição.
O CDS afirmou-se favorável à municipalização mas pediu cuidados especiais sugerindo adiamento da votação numa proposta que viria a ser chumbada pela maioria PSD.
Foi pedido rigor ao nível das avaliações das peças assente num inventário cuidado (com áudio).
“Um brinquedo caro”. Foi desta forma que alguns deputados referiram-se à operação admitindo-se um custo anual de cerca de 70 mil euros na gestão do espaço.
A maioria diz que o investimento é “seguro” e valoriza o património municipal.
O presidente da Câmara de Vagos explicou que a aquisição será feita, por tranches, à medida que as peças vão sendo catalogadas.
Silvério Regalado negou que a operação tivesse custos na ordem dos 400 ou 500 mil euros lembrando que esse esforço vai ser faseado.
E numa resposta ao PS, assumiu tratar-se de investimento com garantias (com áudio)
A proposta viria a ser aprovada com votos da maioria, 3 votos contra do PS e Chega e 5 abstenções do CDS.