O Presidente da Câmara de Aveiro assume que enquanto decorrer o processo de negociação com a Secretaria de Estado da Cultura, sobre a eventual gestão municipalizada do Museu, vai manter reserva sobre as ações do Museu de Aveiro.
A autarquia não esteve representada ontem na sessão de apresentação das reservas têxtil e de cerâmica.
Ribau Esteves considera que há muito a debater sobre o futuro do Museu mas apenas quando houver um desfecho nas negociações com o Governo. "Esta fase exige todo o recato", disse na Terra Nova. "Espero que este processo termine neste primeiro trimestre de 2015. Estamos a trabalhar para que termine bem, com um acordo. Se as duas partes se sentirem bem relativamente ao que estão a tratar, haverá acordo. Se não houver acordo acabará o período de 'recato'. Estamos numa fase de negociação, delicada e exigente. O Museu tem a sua actividade actual e estou satisfeito com isso. As entidades têm de fazer coisas, trabalhar, e registo isso com agrado", sublinhou o autarca.
Ribau ESteves assegura que a estratégia e a promoção de marketing podem vir a sofrer alterações com uma gestão mais próxima e evitou comentar a 'evolução de públicos' que a Direção Regional de Cultura diz ser positiva nos anos de gestão regionalizada. "Se respondesse a essa pergunta estaria a meter-me numa matéria que tem íntima relação com a negociação e com a avaliação da gestão actual do Museu e essa abordagem, da minha parte, é desaconselhável", disse.
Sobre a eventual nova designação do Museu referiu que "nesta aposta que fazemos para sermos gestores, todas as matérias, nomeadamente essa, serão avaliadas e abordadas seriamente", reforçando que "a nossa gestão será sem tabus, Somos gestores de mente aberta. O tabu é mau conselheiro de um gestor que quer gerir bem".
Relativamente à possibilidade do Museu passar a designar-se 'Museu Nacional do Barroco', não se quis pronunciar, "não opino", disse.