A Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro deu parecer sobre a proposta de alteração do Plano Regional de Ordenamento Florestal da Região Centro Litoral, elaborada pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.
A revisão do PROF enquadra-se num plano de reestruturação dos instrumentos de planeamento do sector florestal, tendo como objetivo a sua integração no âmbito dos Planos Diretores Municipais, assumindo-se como a ferramenta estratégica na gestão do sector em cada região.
A CIRA diz que o Plano carece de rigor na descrição e definição das diferentes áreas de atuação, “patente desde logo nos elementos cartográficos apresentados, impedindo dessa forma a sua comparação com os instrumentos de planeamento regionais existentes” e “não revela as fontes de informação, metodologias e os critérios científicos que serviram de base à elaboração e tomada de decisões, nomeadamente conteúdos de tabelas, mapas produzidos e limites impostos físicos e numéricos que foram apresentados sem qualquer explicação”.
Outra das críticas aponta para o facto do Plano assentar em “cenários com pouca visão, sem ter em conta as indústrias da região e o rendimento que é necessário garantir ao produtor florestal para que a floresta possa ser gerida de forma profissional” e que “conduzirá a situações de incompatibilidade entre a teoria e a prática que, a serem aplicadas, criarão certamente inúmeros problemas aos municípios e munícipes perante as situações concretas”.
Para a Comunidade Intermunicipal é um plano que dá “pouca importância” à componente socioeconómica associada ao setor, sendo que esta representa o motor de “desenvolvimento sustentável” na região.