Ulisses Pereira defendeu esta terça-feira a valorização do Museu de Aveiro/Santa Joana, na discussão de um projeto de resolução apresentado pelo Partido Socialista. O parlamentar social democrata aveirense expressou um entendimento diferente, contrariando a proposta do PS.
Não havendo uma definição legal do que é um Museu nacional, “não será esta designação que trará a notoriedade e visibilidade que queremos para o Museu de Aveiro”, disse Ulisses Pereira na reunião da Comissão de Educação, Ciência e Cultura.
O Deputado deu o exemplo de Museus portugueses, públicos ou privados, reconhecidos ou premiados internacionalmente, como são os casos, entre outros, do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, do Museu Gulbenkian, do Museu de Portimão ou do Museu Marítimo de Ílhavo.
Na perspetiva de Ulisses Pereira, esta iniciativa do PS procura “perturbar o processo de contratualização da delegação da competência de gestão do Museu de Aveiro, entre o Governo e a Câmara Municipal, sendo público que este processo está na sua fase final”.
Na sua intervenção, o parlamentar do PSD referiu, ainda, o facto de "em Aveiro a vida de Santa Joana Princesa ser uma referência para a Cidade (de que é a sua padroeira) e para a Diocese (de que é sua referência principal), alvo de culto e elemento de vivência cultural da população e referência identitária da cidade e da Diocese, o que motivou em boa parte a aposta da Câmara Municipal de Aveiro em assumir a sua gestão". “A dimensão dos valores culturais não se referencia ou condiciona no âmbito territorial da entidade que o gere”, sublinhou, a propósito.
Ulisses Pereira concluiu que “a melhor solução para o Museu de Aveiro será que essa gestão esteja próxima, seja de quem o vive quotidianamente, de quem lhe pode dar o benefício da sinergia com outros projetos, de quem ama esse espaço”.