O deputado do PSD Bruno Coimbra acusou ontem o ministro do Ambiente, de ao fim de sete meses, não ter nada de “relevante” para apresentar. Falando na Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação, o parlamentar social democrata assinalou que as medidas mais importantes que o governante apresenta são da responsabilidade do anterior governo.
“Ao fim de sete meses, concluímos não ter nada de relevante, de concreto, exceto as infelizes reversões de que temos falado” – atirou Bruno Coimbra, dirigindo-se ao ministro, notando que “as boas medidas mais relevantes a que se refere são do anterior governo”.
O deputado do PSD acusou o ministro de ser inoperante, dando o exemplo do caso da central nuclear de Almaraz, a propósito do qual “apesar recomendações aprovadas na Assembleia da República e da necessidade de priorizar este tema nas relações diplomáticas entre Portugal e Espanha”, o senhor ministro nada faz, “no final ‘no pasa nada’, Espanha fará o que entender”.
Falando ainda da inatividade do governo, Bruno Coimbra sublinhou que “ficámos hoje a saber que para os deputados do PS, nos últimos anos apenas se fizeram esporões para defender a costa, o que explica muito o desfasamento dos socialistas em relação à realidade nas matérias de defesa da orla costeira”.
A outro nível, o deputado do PSD abordou o tema do subsídio de alojamento atribuído ao secretário de Estado da tutela, “não para pedir mais esclarecimentos, mas para registar e sublinhar o silêncio ensurdecedor do BE e do PCP”. Para Bruno Coimbra, os dois partidos “são sempre muito interventivos nestes temas e, por muito menos, há pouco tempo organizavam excursões e começavam a cantar a Grândola Vila Morena” – “o seu silêncio mostra como não são de convicções, são de conveniências!”.