A concelhia de Ílhavo do PSD contesta a forma como o PS colocou na rua cartazes com alusões ao preço a pagar pelo terreno da biblioteca e considera que essa forma de fazer política é “medieval, arrivista e irresponsável”.
A estrutura liderada por Carlos António Rocha lamenta a abordagem com a colocação de cartazes que se tornaram visíveis esta terça-feira com os rostos de Fernando Caçoilo e Ribau Esteves acusados de responsabilidades no preço a pagar e que pode chegar a cerca de um milhão de euros.
“A matriz genética do PSD está comprometida com um ideal de nobreza, de compromisso e de dignidade, que nos tem valido o justo reconhecimento dos nossos conterrâneos, por muito que isso custe ao PS de Ílhavo que ainda não aprendeu que não é com bandeirinhas nos cravos de Abril, com panfletos debaixo das portas, distribuição de laranjas no feriado municipal ou com cartazes do tempo do PREC nas rotundas e com equipas de distribuição ressabiadas, que vai chegar algum dia ao governo da Câmara. É que nem todo o poder se consegue tomar de assalto!”
O cartaz com os rostos de Fernando Caçoilo e Ribau Esteves, atual e ex-presidente da Câmara de Ílhavo, deixou os responsáveis da concelhia Social Democrata indignados por considerarem que os problemas começaram ao tempo do mandato socialista na Câmara de Ílhavo na década de 80. A ação desta terça é imputada a Sérgio Lopes, visado nas críticas por entrar num registo ”populista”.
“A proximidade com um destacado militante socialista que encabeçou a lista de candidatos do PS por Aveiro e nem a Junta de Freguesia dele ganhou, anda a inspirar o líder do PS de Ílhavo, não só a não ganhar uma única mesa no nosso concelho nas legislativas de 2015, nem nas presidenciais de 2016, como a comportar-se de forma medieval, arrivista e irresponsável”.
Sérgio Lopes, responsável pela concelhia socialista, é visado na análise dos Sociais Democratas numa associação ao presidente da distrital do PS que chegou a colocar em causa o pagamento da dívida portuguesa.
“Não sabíamos que é esse o rumo que o PS quer para ÍLHAVO e pelos vistos também para Aveiro: o da irresponsabilidade, o da indignidade, o de não honrar os seus compromissos, mesmo quando eles resultam das asneiras que se herdaram do passado e neste caso concretamente, de um erro de registo de um terreno feito em 12 de maio de 1995, no único mandato do Partido Socialista. Mas esse não é o nosso caminho!”