O Presidente da República diz que o país e o mundo enfrentam tempos de mudança e que os jovens são decisivos na construção de novas respostas.
Marcelo Rebelo de Souto participou no Encontro Nacional de Juventude, em Aveiro, e na abertura do discurso fez a defesa de valores.
“Paz sim, guerra não”, “Liberdade sim, opressão, não” e “Igualdade sim, descriminação, não” foram algumas das palavras de ordem que dirigiu aos jovens que participam neste fórum nacional.
Marcelo Rebelo de Sousa diz que o mundo vive uma viragem de ciclo e enfrenta a crise dos sistemas políticos.
"Nós estamos no fim de um ciclo histórico e no começo de outro, no mundo, na Europa e em Portugal. Estamos nessa viragem no mundo, o mundo não será igual, não se sabe daqui a um ano ou meio ano, não será igual depois das eleições americanas, qualquer que seja o resultado, será outro, não será igual depois das mudanças que há na China, que teve dificuldades em gerir a pandemia e em recuperar economicamente. Não será igual no posicionamento da Federação Russa ou nas potências emergentes na África do Sul, no Brasil, na Turquia e na Índia, não será igual".
Tempo de transformação que coloca pressão na paz mundial.
“Há, de facto, a sensação de uma transformação e as guerras aumentam nesses períodos de incerteza e de impressibilidade e daí a necessidade da luta pela paz, na Europa, na África mas também no Médio Oriente, a paz em ´n` sítios que se fala e em `n´ sítios que não se fala".
Marcelo alerta ainda para a crise particular na Europa com sistemas concebidos como resposta para desafios de outros tempos.
Fala em envelhecimento de problemas, respostas e atores.
“Os sistemas políticos europeus estão em profunda crise e por isso é que se abrem vazios por onde entram novas realidades inorgânicas, uns chamarão populistas, porque sistemas pensados para o pós Segunda Guerra e pensados para o pós transição na evolução do século XX para o século XXI estão em crise, não se adaptaram ao digital, à mudança energética, aos avanços científicos e tecnológicos, à mobilidade, às aspirações dos mais jovens, estão velhos".
O PR pede mais jovens a dar passo em frente nas lideranças e na governação e diz que só com dinheiro o país não resolverá os seus problemas.
“É fundamental que os jovens cheguem aos centros de decisão, governando autarquias, governando regiões, governando o chamado poder central. É inevitável e se não ocorrer é tempo perdido e mudança que se perde".
No plano interno apelou ao diálogo entre partidos para viabilizar o orçamento de estado.
Sente que os portugueses não querem crises políticas no horizonte (com áudio)
Texto: RTN com Lusa e RTP