Aproveitar o potencial energético das ondas e do vento deve ser uma aposta do país quando olha para a costa ocidental. A opinião é defendida por Filipe Duarte Santos, responsável pelo grupo de trabalho criado pelo Governo para analisar a erosão da costa, em conferência da Ordem dos Engenheiros em Aveiro. O especialista falou de uma costa com condições agrestes mas que tem potencial para aproveitamento energético (com áudio).
Filipe Duarte Santos, coordenador da equipa que desenvolveu o “Projeto Mudanças Climáticas, Costeiras e Sociais, erosões globais, conceções de risco e soluções sustentáveis em Portugal (CHANGE)”, admite que há um trabalho a fazer em defesa do litoral. “O que é que as alterações climáticas já fizeram na costa? O aumento do nível médio do mar em 20 centímetros significa que quando há marés-vivas contribui para a erosão. Não é muito. Mas a preocupação é que o nível médio do mar poderá subir até 1 metro até final do século. Isso já é mais complicado”.
Ribau Esteves foi à sessão reafirmar que a defesa da costa não visa apenas defender as praias e o cordão dunar mas toda uma região lagunar. “O que está em causa é defender o território numa zona em que a dimensão da laguna é enorme. É uma zona de 400 mil pessoas e em que as operações de base industrial são importantes”.