Falar para dentro com exemplos de fora.
O coordenador da Plataforma Cidades considera a Feira um bom exemplo de investimento em habitação e resposta aos problemas nesta área e pede mais compromisso às autarquias locais para poderem aproveitar os fundos da “bazuca” e do quadro comunitário de apoio.
Pompílio Souto reflete sobre o tema nas reflexões da “Agenda Cidadã 2030” identificando os desafios que se colocam aos cidadãos e às entidades capazes das respostas necessárias à melhoria sustentada da vida coletiva.
Coloca a questão da habitação como decisiva e entende que o mercado, por sí só, não vai resolver os problemas de jovens a classe média.
Lembra que os indicadores não dão margem a optimismo com a Habitação Acessível na casa dos 2% do total em Portugal, enquanto entre outros na Europa é da ordem dos 30% e em Viena, capital da Áustria, chega aos 60% do total.
Um quadro nacional que dificulta a fixação de pessoas em determinadas áreas.
“Sem Habitação, não haverá Saúde, Educação e Famílias a constituírem-se, a sê-lo e a otimizarem-se; não haverá Felicidade e Vidas coletivas em segurança e com proteção para os próprios e para os demais”.
O “pensador” refere que não podem ser as questões ideológicas a barrar esse caminho e dá o exemplo de uma autarquia de maioria social democrata como exemplo dessa aposta.
“Santa Maria da Feira vai implementar a sua Estratégia Local de Habitação com um investimento de 8,5 milhões de euros, mas do qual pode recuperar 4,1 milhões se for um dos municípios que trate das primeiras 100 000 habitações deste Programa”, lembra Pompílio Souto.
“Ora como se sabe o Presidente da Câmara de Santa Maria da Feira não é nenhum coletivista estatizante ou coisa que se pareça: é do PSD. Mas seguramente, também, defensor dos interesses do seu município, dos seus governados e concidadãos”.
Pompílio Souto deixa o elogio e o sinal de lembra que habitação também é obra de regime.
“É Obra e da Boa, senhor Presidente Emídio de Sousa”.