O PCP acusa a Renault de colocar os funcionários a pagar o impacto económico da pandemia.
A direção regional do Partido afirma que a empresa, a coberto da excecional situação de saúde pública (Covid-19) que o país atravessa e procurando salvaguardar os seus lucros, “põe os seus trabalhadores a pagar a crise, à custa dos atropelos aos seus direitos”.
O recurso ao lay-off está na base da crítica.
Depois de ter estado parada entre os dias 18 e 29 de Março, paragem imposta aos trabalhadores com o gozo de dias de férias e "bolsa de horas", a empresa decidiu, esta quinta, impor mais 2 dias de banco "bolsa de horas" e informou que a partir do dia 1 de Abril e pelo período de 1 mês aplicará a Lay Off.
“A Renault Cacia é uma empresa que beneficiou de largos apoios comunitários e nacionais, com uma excelente saúde financeira e que nos últimos anos de 2017 e 2018 apresentou mais de 16 milhões de resultados líquidos. Com estes resultados positivos, nada justifica a atitude desta empresa”.
Os trabalhadores dizem ter dado de si nas soluções para manter a atividade e que o compromisso da empresa não é o mesmo.
O recurso ao lay off, sem comensações por parte da empresa, pelo corte nos vencimentos, surge como uma medida que apanha os funcionários de surpresa e com reação no horizonte.