A concelhia de Estarreja do PCP teme que o arranque das obras no Hospital Visconde de Salreu possa colocar em causa a sobrevivência da área de cirurgia. As obras do hospital para a criação de uma unidade de cuidados paliativos tiveram início esta semana preparando-se uma ala do hospital para posteriormente albergar os doentes da ala a ser demolida.
“Se as obras não tiveram apoio da Assembleia Municipal, se o CHBV não tem um plano estratégico, se o bloco operatório for demolido, que hospital se irá manter no futuro? E qual o papel do Presidente de Câmara na defesa dos interesses dos seus munícipes? E onde fica o respeito pelas resoluções da Assembleia Municipal?”, questiona o PCP temendo que as demolições representem o fim de alguns serviços como existiram até hoje. O projeto de intervenção no Hospital prevê a demolição de uma parte do hospital para construir uma unidade de cuidados paliativos mas a Assembleia Municipal foi unânime em deliberar que não aceitaria qualquer obra onde se colocasse em causa a manutenção do bloco operatório e jamais aceitaria qualquer alteração sem a apresentação do plano estratégico integral do CHBV para o HVS.
O PCP aponta ainda o dedo à maioria camarária considerando que o Presidente de Câmara “está determinando em prosseguir este processo, de tal forma que, apesar da manifesta falta de legitimidade, até oferece dinheiro camarário para dar continuidade a esta atrocidade em parceria com a administração do CHBV”.