A Polis Litoral Ria de Aveiro garante que continua a trabalhar de acordo com os anseios das populações da Marinha e defende que a intervenção de dragagem da ria foi pensada também para defender terrenos agrícolas.
Posição assumida esta segunda no momento em que sobem de tom as críticas de um grupo de produtores agrícolas.
A Polis esclarece que a intervenção de “transposição de sedimentos para otimização do equilíbrio hidrodinâmico na Ria de Aveiro” foi alvo de um procedimento de avaliação de impacte ambiental, sujeito a consulta pública.
Este foi um projeto desenvolvido pela Polis Litoral Ria de Aveiro em estreita articulação entre a Agência Portuguesa do Ambiente e a Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, “com o devido envolvimento dos seus Municípios associados que são as Entidades com maior competência e representatividade para veicular as necessidades e anseios das populações”.
A Polis explica que a garantia técnica dada passava pela salvaguarda de habitações e terrenos agrícolas através de sistemas de construção de “motas de proteção”.
“A obra tem sido desenvolvida em estreita articulação com as populações envolvidas e com técnicos das Câmaras Municipais em acompanhamento permanente dos trabalhos”, reforça a Polis.
Na frente de obra com trabalhos a decorrer na povoação de Marinha, concelho de Ovar, a Polis revela que “têm sido inúmeros os contactos com os proprietários de terrenos marginais, sendo que a intervenção se desenvolve integralmente em parcelas de Domínio Público Marítimo, ou seja, do domínio do Estado”.
A Polis alerta que as ocupações destas parcelas “têm sido voluntariamente removidas pelos munícipes ou pelo empreiteiro, mas sempre após comunicação prévia, para evitar situações de desagrado das populações”.
“Semanalmente, temos feedback muito positivo das populações à medida que a obra avança, e o sentimento geral que nos é transmitido é o de que a obra em muito beneficiará a proteção de pessoas e bens, nesta que é uma das zonas mais ameaçadas do espaço lagunar”.