Ovar procura clarificar o regime de funcionamento das empresas e a extensão da declaração de calamidade para definir, com rigor, quem trabalha e quem está em paragem laboral.
Neste momento subsistem ainda dúvidas.
A autarquia anunciou a criação de corredores especiais de escoamento de produtos nos dias 7, 14 e 16 de Abril numa medida defendida pelo autarca Salvador Malheiro como essencial para garantir a manutenção de mínimos na economia.
Nestes 3 dias todas as empresas podem expedir produto em stock e o autarca acrescenta a matéria-prima por entender que logo que possível as empresas devem ter condições para laborar.
“Estarão prontas a funcionar logo que seja possível e escoar produtos. E há matéria-prima nos portos de Leixões e Aveiro tendo como destino as empresas”, esclarece Salvador Malheiro.
Os deputados municipais do PS já questionaram a Câmara sobre o funcionamento de duas unidades industriais. Querem perceber em que condições funcionam a Bosch e a Lanema.
A declaração da situação de calamidade no Município de Ovar vigora, pelo menos, até ao próximo dia 17 de Abril, e impõe restrições.
As empresas que retomaram a produção na sexta estão a deixar os funcionários sem saber como proceder. Com o cerco sanitário apenas os de Ovar estarão “obrigados” a essa apresentação.
As medidas impõem o encerramento dos estabelecimentos industriais, somente prevendo a possibilidade de funcionamento, neste sector, das indústrias relativas a sectores essenciais ao funcionamento da vida coletiva, como os destinados à alimentação e à saúde humanas e animais e respetivas embalagens, e ainda a equipamentos de proteção e segurança.
E é na questão dos produtos enquadráveis na nova exceção prevista para equipamentos de proteção e segurança que estão a ser levantadas dúvidas.
A autarquia foi desafiada a esclarecer as condições de funcionamento de algumas indústrias.
Salvador Malheiro diz ter encaminhado as perguntas ao cuidado do Governo e acusa o PS de colocarem as questões no espaço errado.
“É lamentável que os socialistas andem a perder tempo com este tipo de questões num momento difícil como o que Ovar está a atravessar”, disse o autarca citado pelo jornal "Ovarnews".