A Câmara de Ovar responde às críticas do PS sobre as posições assumidas por dirigentes do PSD e autarcas em torno do hospital.
Às acusações sobre falta de verticalidade em defesa da reabertura da urgência do hospital Francisco Zagalo, a autarquia responde que o comunicado emitido pelo PS, no contexto da pré-campanha autárquica, “desvirtua” os factos relativos à votação em questão.
Diz que as propostas foram debatidas na especialidade e que na Comissão Especializada do Parlamento não há nenhum deputado de Ovar que tenha estado na comissão.
E que os presentes tinham instruções para votar contra todas as propostas que aumentassem a despesa prevista no Orçamento inicialmente apresentado pelo Governo.
Entre essas propostas, incluía-se a da reabertura do serviço de urgência do Hospital de Ovar.
A autarquia passa ao ataque e diz que nem o próprio PS votou a favor da proposta de reabertura das urgências em Ovar.
“Se houvesse uma vontade real e efetiva do Partido Socialista na reabertura do serviço de urgência em Ovar, e não apenas uma tentativa de criar um facto político para as eleições autárquicas, o PS teria votado favoravelmente as propostas na especialidade e elas teriam sido aprovadas, fosse qual fosse a posição do PSD, assim como aconteceu quando o PS, em diversas propostas, se aliou ao CHEGA e a outros partidos da oposição para aprovar medidas diferentes das do PSD”, acusa a autarquia.
Domingos Silva, autarca de Ovar, esclarece ainda que durante as negociações para a integração do Hospital de Ovar na ULS (Unidade Local de Saúde) de Entre Douro e Vouga, questionou diretamente a Ministra da Saúde sobre a reabertura do serviço de urgências mas recebeu nega.
Ainda assim diz que continua a tentar essa reabertura.
“A resposta do Ministério, embora clara, foi negativa, referindo que, no quadro atual, não existem condições para reabrir o serviço de urgências no Hospital de Ovar”.