Salvador Malheiro, Presidente da Câmara Municipal de Ovar, viu recentemente o seu nome envolvido em notícias relacionadas com a Operação Vórtex.

O nome do autarca vareiro foi envolvido em situações de “desbloqueio de projetos de obras” no seu município.

Joaquim Pinto Moreira, ex-Presidente da Cãmara de Espinho e Deputado do PSD, é suspeito de ter sido o intermediário escolhido por uma empresa de construção civil para facilitar a aprovação de projetos urbanísticos em Ovar.

Uma reunião de trabalho terá sido realizada na Câmara de Ovar.

O Ministério Público está convencido que Joaquim Pinto Moreira se reuniu “com um vereador de Ovar”, para 'influenciar o Presidente', Salvador Malheiro.

O autarca de Ovar nega favorecimentos e diz que está de “consciência tranquila”.

Em comunicado divulgado na sua página oficial no FB, Salvador Malheiro assegura que não tem “qualquer relação de amizade com o Deputado Joaquim Pinto Moreira”, adiantando que “apesar de pertencermos ao mesmo Partido, temos divergências profundas que perduram há anos”, vinca.

Garante que não teve nenhuma reunião com Joaquim Pinto Moreira, “nem ele me pediu”, para tratar de qualquer assunto relacionado com Processos de Licenciamento, na Câmara de Ovar.

Diz que “terá existido uma reunião informal entre Joaquim Pinto Moreira e o Vereador, António Bebiano - cujas competências abrangem as áreas de Gestão Urbanística, Planeamento Urbano, Estudos e Projetos, Informação Geográfica, Toponímia e Numeração de Edifícios, onde foi sinalizado um Processo de Obras relacionado com a construção de um armazém, em Gondesende”, sublinhando que “o processo em causa foi indeferido repetidamente, mesmo depois dessa reunião, entre o deputado Joaquim Pinto Moreira e o Vereador António Bebiano (…) posteriormente, e já depois de indeferido esse processo, entrou em outubro de 2022, um novo pedido alterando consideravelmente o projeto inicial. Processo esse que se encontra ainda em análise, designadamente na etapa de consulta a Entidades Externas”, refere.

Foto: CMO