O presidente da Câmara de Estarreja diz que o financiamento das obras do Baixo-Vouga está garantido e não “escapa”. Diamantino Sabina reage ao acordo para financiar as obras que a Ministra da Agricultura e o Ministro do Ambiente subscrevem. “O pacto está assinado, não há volta a dar, o financiamento é nosso”. As palavras do Presidente da Câmara Municipal de Estarreja, Diamantino Sabina, ilustram bem o anseio pela conclusão das obras de defesa do Baixo Vouga Lagunar, sem as quais 3 mil hectares de férteis terrenos agrícolas ficarão inutilizados. Finalmente, “passados 20 anos de indefinição e incertezas”, foi assegurado o financiamento para se terminar o dique de proteção dos campos e da biodiversidade contra o avanço da água salgada.
É por isso com “muita satisfação e regozijo que vemos finalmente o avanço” do projeto, “para que se mantenham produtivos estes que são dos terrenos mais férteis da Europa”, reage o autarca ao anúncio do financiamento das infraestruturas hidráulicas, num investimento global de 22,3 milhões €, apontando-se para 2018 o final da obra.
Toda esta região do Baixo Vouga, a necessitar de uma intervenção urgente e que “nos últimos anos tem sido votada ao abandono pelos sucessivos governos”, é agora justamente compensada, realça o edil estarrejense. “É uma questão de justiça”, acrescenta.
Numa solução integrada que envolve os Ministérios do Ambiente e da Agricultura, repartindo-se o financiamento, será finalizado o dique cuja construção foi interrompida (deixando apenas 4 dos 10 kms de estrutura previstos), ligando ao Rio Novo do Príncipe, para além de outras obras hidráulicas nos Esteiros de Canelas e Salreu e no Rio Velho, com o objetivo de reter a água salgada e drenar a água doce. Estarreja absorverá a maior parte deste investimento, nomeadamente cerca de 53% que se irá concretizar no concelho estarrejense. “Estamos a falar de uma fatia considerável de fundos europeus no nosso território”.