O Partido Socialista de Aveiro pede prestação de contas a Ribau Esteves pela forma como se têm arrastado dossiês como a rotunda do Botafogo, a conclusão da ponte de ligação do Parque Infante D. Pedro ao parque da Baixa de Santo António e a ativação da ligação das Agras à A25. Estes três projetos, que motivaram polémica durante a pré-campanha eleitoral de 2013 e nos primeiros meses de mandato da maioria liderada por Ribau Esteves, em Aveiro, mereceram uma chamada de atenção da concelhia socialista que fala no “desapontamento” de ver arrastada a conclusão.
“A ideia da concelhia do PS e dos autarcas foi fazer um ato simbólico para chamar a atenção para três obras e para todo o marasmo da gestão de Ribau Esteves. Esta rotunda é essencial para as pessoas que circulam entre Ílhavo e Aveiro e para os aradenses. É uma aspiração antiga e o engenheiro Ribau prometeu a rotunda quando se candidatou. Ao fim de 17 meses não há nenhum sinal de que se venha a concretizar”.
Pires da Rosa não aceita os argumentos sustentados na falta de capacidade financeira e entende que estes três projetos espelham o estilo da governação. “Ele diz que é por causa dos problemas financeiros mas disse que ia resolver os problemas financeiros. Para mim não se verificou a genialidade do candidato que todos estariam à espera”.
No arranque do périplo pelas obras, Pires da Rosa reafirmou a importância de resolver o estrangulamento na zona de Aradas, principal cruzamento nas ligações entre Aveiro, Ílhavo e o acesso à Universidade pelo Crasto cuja via já está recuperada. “Este projeto deve manter-se mesmo que sofra alterações. Uma rotunda aqui pode minorar os problemas de tráfego. E a mobilidade entre Aveiro e Ílhavo é essencial para Aveiro pela sua centralidade”.
Depois de um primeiro ano mais voltado para a organização interna, o PS promete “sair à rua” tendo já um debate agendado sobre o Centro Hospitalar do Baixo-Vouga e promete “marcação” à governação. “Este é o nosso trabalho de oposição. Na campanha Ribau Esteves disse que já era tempo de arrumar o argumento da dívida. Concordamos com isso. Não se pode é demorar mais de 17 meses para começar a olhar para a frente. Tudo o que aqui está feito ainda é do tempo de Élio Maia”.