As eleições para a Comissão Coordenadora Distrital de Aveiro estão agendadas para 16 de junho e Moisés Ferreira lidera a única lista a sufrágio.
O deputado eleito por Aveiro coordena a moção “Mais Bloco: mais justiça na economia, melhores serviços públicos”. Na equipa surgem figuras em linha de continuidade com o passado.
Nelson Peralta, Virgínia Matos, Joaquim Dias, Nuno Serrano, Rita Baptista, Jacqueline Marques, Eduardo Ferreira, Eva Braga, Dilan Granjo, Salomé Ventura, João Moniz e Eduardo Couto são alguns dos nomes confirmados.
O candidato fala em renovação com caras novas numa lista que parte em busca de “alternativas ao capitalismo”. “É nessa expressão do anticapitalismo que largos milhares de pessoas se juntaram ao Bloco de Esquerda. O capitalismo gera desigualdade, pobreza e exploração. A sua procura por novas fontes de rentabilidade levou a uma onda de privatizações e ao ataque aos serviços públicos. Ao mesmo tempo, a estrutura salarial da sociedade deixou de garantir a proteção social e a estabilidade e passou a caracterizar-se pela precarização do sistema de trabalho”.
A candidatura resume a proposta numa luta marcada pelo anticapitalismo. “Foi esta nova direita que foi derrotada nas últimas eleições legislativas de 2015. O Bloco de Esquerda foi fundamental para afastar o PSD e o CDS do poder. Estes dois partidos tinham sido responsáveis por um violento plano de austeridade que cortou salários e pensões, fez disparar o desemprego, a precariedade e a pobreza, atacou o Estado Social, privatizou os setores públicos mais rentáveis e concentrou a riqueza do país nas mãos de um punhado de super-ricos”.
Assumindo que conseguiu alterar o rumo do programa do PS, o BE diz que há muito a fazer. “Constatamos, no entanto, as limitações da atual situação. A valorização dos salários e pensões e a melhoria dos serviços públicos são ainda insuficientes. O código de trabalho permanece inalterado, permitindo um faroeste laboral onde o poder está concentrado no patronato e onde a contratação coletiva foi desmantelada. O Estado continua a ser predado por interesses privados, nomeadamente nas parcerias público-privado na saúde, nas estradas e noutros sectores, assim como nas rendas da energia. O PS insiste em se juntar à direita para rejeitar as 35 horas laborais a toda a sociedade”.
Com atenções centradas nas Europeias e Legislativas, a candidatura dz que é tempo de refletir sobre o futuro da Europa. “Neste ciclo eleitoral, discutimos que Europa e que país construir. Queremos uma Europa e um país de solidariedade e que responda às necessidades das populações, que responde na criação de emprego e no reforço dos direitos dos trabalhadores. Rejeitamos um país que fica limitado pelas imposições de Bruxelas sobre o défice e a dívida”.
O voto presencial decorre em urnas abertas nas sedes de Aveiro, Águeda, Ovar, S. João da Madeira e Santa Maria da Feira, no sábado, dia 16 de junho, das 15h00 às 19h00. Há ainda a possibilidade de voto por correspondência.