Plano e Orçamento (29,9 milhões) da Câmara de Ílhavo aprovados, esta quinta, na reunião do Executivo Municipal de Ílhavo, com os votos a favor, da maioria, e com a abstenção dos Vereadores do PSD e do PS.
Primeiro orçamento de uma nova era política em que os dois partidos da oposição viabilizaram os documentos com a sua abstenção.
João Campolargo admite que este primeiro ano vai assentar na responsabilidade do cumprimento de obras que estão em curso ou fase inicial, lançadas no final de mandato de Fernando Caçoilo.
De resto, destaca a ampliação da zona industrial da Mota, a criação de novas vias cicláveis e a manutenção de edifícios públicos.
O líder da autarquia fala de um Orçamento equilibrado e prudente e que lança as bases de um trabalho pensado a médio e longo prazo para regressar aos grandes investimentos (com áudio)
João Campolargo adverte para tempos de incerteza com encargos a subir e a necessidade de reforço de meios humanos.
O Partido Social Democrata não gostou da semântica dos documentos.
Diz que falar em marca “fatal” do passado dá carga negativa à governação anterior quando para o principal partido da oposição o que está em causa é uma herança positiva.
Fátima Teles realça essa “marca positiva” com a manutenção de praticamente todos os projetos (com áudio)
Eduardo Conde (PS) não vê nada de novo e lamenta que a aprendizagem do novo executivo se faça à custa do exercício.
O maior reparo vai para o abrandamento no investimento.
“Se é certo que esta nova maioria precisa de tempo para se adaptar às novas funções, coisa diferente é que esse período se prolongue penosamente durante um quarto do mandato, enquanto os eleitos do UPF aprendem a desempenhar as suas funções, com prejuízo para o desenvolvimento do Município de Ílhavo e a qualidade de vida da população”.
Conde absteve-se na votação do Plano e Orçamento para 2022 e classificou como “mau” o orçamento por prosseguir “no essencial” a política seguida pelo PSD nos mandatos anteriores.
O vereador entende que a Câmara vai ficar paralisada “durante, pelo menos, um ano” (com áudio).
Na lista de críticas, o PS diz que há “falta de investimento”, diz que os documento “ignora os desafios da recuperação económica, social e comunitária no pós-pandemia, desperdiça oportunidades de captação de financiamento no âmbito dos fundos comunitários, nomeadamente do Plano de Recuperação e Resiliência que exige compromissos assumidos até 2023”.