A Comissão Política concelhia de Ílhavo do PSD reforça a crítica da Mesa da Assembleia Municipal de Ílhavo sobre a impossibilidade de gravação e divulgação da 2ª sessão da Assembleia Municipal Jovem que decorreu no passado dia 7 de junho.

Os Social Democratas dizem que a Democracia "sai beliscada" uma vez que os Agrupamentos de Escolas teriam garantidos "requisitos legais" relativos à proteção de dados dos alunos intervenientes.

A estrutura liderada por Fátima Teles alega que essa garantia dada pelas escolas deveria ser suficiente para que não houvesse impedimento à divulgação de imagens da sessão.

O principal partido da oposição responsabiliza o movimento independente Unir para Fazer de utilizar um parecer pedido ao Encarregado da Proteção de Dados para impedir a filmagem e divulgação da sessão.

Lamenta que os alunos tenham sido penalizados no seu esforço.

“Esta obstaculização por parte do Executivo que governa melindra e fere acima de tudo, todo o trabalho desenvolvido por estes jovens e pelos professores responsáveis. O PSD lamenta este retrocesso democrático, completamente desnecessário e hostil, que em nada contribui para uma cidadania ativa que sempre se viveu e respirou no Município de Ílhavo”.

Numa declaração de apoio à Assembleia Municipal Jovem, pela importância na formação de jovens para a política, o PSD diz que uma boa ideia não pode ser destruída por más práticas.

“A vivência democrática diz-nos que as boas práticas devem ser elogiadas, expandidas e divulgadas, independentemente de quem está na origem das ideias e dos projetos. A seriedade política obriga-nos a apoiar as propostas, ainda que vindas de um quadrante ideológico diferente, sempre que estas acrescentem valor à vida das pessoas e do Município”.

A crítica vai mais longe e repete o que a Mesa da Assembleia declarou sobre o impedimento.

Estranha que um “Executivo que aposta todas as cartas na comunicação e na imagem” demonstre “má vontade”.

“Travar este caminho, impedindo a divulgação das imagens e vídeo da sessão da AMI Jovem, quando ainda há poucos dias foram difundidas na página de Facebook do Município, fotografias de inúmeras crianças do pré-escolar e do primeiro ciclo assistindo a um espetáculo de circo, é no mínimo questionável. Pergunto, afinal quem são as Forças de Bloqueio”.