Os partidos com assento na Assembleia Municipal de Ílhavo entendem que há condições para o diálogo e, dessa forma, construir uma solução de consenso que permita aprovar a atualização da taxa de resíduos.
O debate mantido no programa Discurso Direto acentua a necessidade do executivo falar com os partidos uma vez que não dispõe de maioria absoluta e necessita de entendimentos com PSD e PS.
Depois de um discurso em que acusou o presidente da Câmara de Ílhavo de “irresponsabilidade”, Sérgio Lopes, Vereador eleito pelo Partido Socialista, apelou ao diálogo.
Espera que a maioria UPF “abandone os expedientes de conflitualidade em torno do assunto” e “encete o necessário diálogo com os vereadores da Oposição no sentido de se viabilizar um novo tarifário para 2023, o que nunca fez durante este processo”.
Lembra que a primeira proposta do executivo levada ao conhecimento da ERSAR previa um aumento de 3% e que aí nunca foi colocada a questão da perda de receita, utilizada, segundo o PS, como arma na última reunião em que o assunto foi votado (com áudio).
Sérgio Lopes afirma a abertura do PS para o entendimento mostrando-se “disponível” desde que a nova proposta “não impute todo o esforço financeiro aos munícipes, e que determine um plano de emergência para reduzir os custos do sistema de gestão de resíduos, através do aumento acentuado da separação de lixo e correspondente diminuição de resíduos indiferenciados”.
O Chega não vê novidade na gestão da pasta.
Diz que o movimento está a seguir a lei do menor esforço que passa por imputar o custo do sistema ao consumidor.
Sérgio Louro defendeu uma posição mais combativa com a operadora (ERSUC) e espírito de iniciativa aos Municípios para voltarem a ter poder no tratamento dos lixos.
E acentua que o Ílhavo pode inspirar-se em bons exemplos para gerir o sistema com mais eficácia.
Só assim será possível marcar a diferença, considerada o vogal do Chega na Assembleia Municipal (com áudio)
Margarida Alves, do PSD, insistiu na necessidade de repartir o aumento dos custos ou, em alternativa, fasear as subidas da taxa.
Insiste na necessidade de repartir os custos da operação entre a responsabilidade individual e a organização camarária.
Admite que este tipo de dossiês, tal como as questões sociais, não devem ser travados por políticas orçamentais restritivas (com áudio)