O PSD defende que a posição assumida em reunião de Câmara sobre Plano e Orçamento é esclarecedora sobre os planos da maioria independente que acusa de tentar “enganar” o eleitorado com promessas plurianuais.
Vai mais longe e diz que são apresentadas ideias que são impossíveis de realizar acusando o movimento de estar a “enganar o povo”.
“Encontramos masterplans, concursos de ideias, estudos estratégicos, planos de mobilidade urbana sustentável, mas depois trocamos ciclovias por mais estacionamento. Medidas concretas, precisam-se. Não podemos continuar no ´Estamos a trabalhar para…`, é urgente avançar para a operacionalização de projetos, tem de vir para o terreno e sair do papel e do campo das intenções”.
O PSD diz que há slogans mas vazio de ações em “navegação à vista” e aponta o exemplo da área da habitação.
A concelhia liderada por Fátima Teles afirma que uma coisa é anunciar a elaboração de “masterplan” e outra bem distinta é fazer obra.
Critica os valores para várias áreas e em particular as verbas canalizadas o associativismo.
Aponta como lacunas os valores para as Juntas de Freguesia do Município e pergunta onde para o antigo presidente de Junta que agora lidera a Câmara de Ílhavo.
“Não se lê no enunciado das GOP nenhuma referencia que revele confiança, investimento e articulação efetiva com as Juntas de Freguesia”.
O grupo de três vereadores entende que a gestão segue em processo de arrastamento.
“Os projetos e as ideias arrastam-se desde há dois anos até ao momento e, escudados na crise na inflação, no aumento dos preços e na conjuntura incerta e difícil, o município não avança e desculpando-se com todos estes argumentos, vai fazendo crescer a vantagem financeira, acumulando saldos, como se de um banco se tratasse. Cautela e prudência sim, rigor também, mas, arrojo, visão, estratégia são fundamentais para o caminho do desenvolvimento social e económico do território”.
Uma das críticas mais duras vai para o saldo de gerência que tem vindo a engordar no final de cada ano.
“Desta forma em cada 100 Euros aprovados, cerca de 25 Euros encontram-se sem aplicação. Em termos de proporção e relativização, estamos a falar do orçamento de, como exemplo, 10 Juntas de Freguesia de S Salvador, orçamento este que se encontra parado. Ou seja, se pegarmos no trabalho anual de uma Junta com o “tamanho” de S. Salvador, temos 10 anos parados, em Saldo de Gerência da CMI”.
Quanto à política fiscal, apesar da descida da taxa de IMI, o PSD, diz que não haverá “melhoria significativa” na qualidade de vida dos cidadãos reclamando descida para a taxa mínima.
E quanto às empresas revela preocupação por sinais dados pelo pacote fiscal que podem ser mal compreendidos.
“Sabemos que a Receita Fiscal em 2024, vai aumentar quase 2 milhões de Euros, para os 14.8 Milhões de Euros; sabemos também todos ainda, que o dinheiro dos impostos pagos pelos munícipes é em grande parte usado na execução de obra no território. Muito bem, mas, no caso do Município de Ílhavo, estamos a falar de que obras? Para já apenas promessas”.