A noite das Bruxas deixou marcas no jardim da Casa da Cultura de Ílhavo.
Atos de vandalismo levaram à degradação do Planteia, a praça jardim que tinha sido construída pela comunidade em esforço conjunto com os serviços de cultura do Município.
O 23 Milhas, projeto cultural de Ílhavo, já deixou o lamento mas também a firme disposição de meter mãos à obra com a comunidade local.
“Unir esforços para destruir parte do Planteia é, além de triste, um ato de maldade e de absoluto desrespeito pelo espaço público e por todas as pessoas que colocaram as suas mãos no sentido inverso: o de plantar, criar, fazer. É muito triste, repetimos. Mas a natureza fará agora a sua astuta inversão do mal e, em sintonia com a força e a vontade humanas, haverá terra ainda mais combatente para o Plantio de Outono. Já o dissemos antes: só a ideia de um jardim é já uma forma de resistir”.
A resposta chega no dia 27 de Novembro com o plantio de Outono.
“Se o nosso Planteia é um combate, então que ganhe a melhor parte. Gostávamos, hoje ainda mais, que se juntassem a nós nesse dia, 27 de novembro”.
João Campolargo, autarca de Ílhavo, destaca a rápida reposição das espécies nas floreiras e já apelou ao envolvimento dos cidadãos na próxima ação de plantio para dar nova imagem ao espaço.
O presidente da Assembleia Municipal de Ílhavo diz que é hora de mobilização.
Paulo Pinto Santos crítica o que diz ser a “falta de respeito pelo bem comum”.
“O que aconteceu na noite passada no Planteia é sinónimo de vandalismo e falta de respeito pelo bem comum. O Município de Ílhavo não necessita de gente assim. Não pode valer tudo. Não somos assim nem seremos. Partilho a minha tristeza, desagrado, mas também o meu veemente repudio pelo que aconteceu”.