O Partido Socialista de Ílhavo diz que o processo que envolve a contestação popular a uma instalação industrial em ambiente urbano, na cidade de Ílhavo, deve merecer reflexão da classe política e, no caso da autarquia, deveria ter merecido ação mais determinante por envolver familiares de um vereador enquanto proprietários do espaço em causa.
Este processo tem uma década e resulta de queixas de uma família, na rua do Casal, em plena área urbana da cidade de Ílhavo, que alega não ter sossego devido à operação industrial.
Sérgio Lopes (PS) defende que pelo histórico do processo e como forma de preservar a imagem da autarquia, o caminho percorrido deveria ter sido outro, com maior celeridade (com áudio)
Fernando Caçoilo entende que a maioria está a ser vítima de um ataque político que procura visar o carácter dos autarcas em funções. Lamentou a forma como o caso foi colocado pela oposição (com áudio)
A Câmara assumiu que tentou o equilíbrio entre o interesse dos particulares residentes e a função industrial para preservar os empregos e dar tempo à mudança da empresa para uma zona industrial, algo que está perto de acontecer.
Eduardo Conde, que levantou o caso em Junho, refere que 10 anos é muito tempo e quase sempre em prejuízo de quem tem habitação própria no local e sente os efeitos do ruído.
"Penso que este percurso foi estranho e sinuoso e sem fiscalização durante anos. É uma situação no centro da cidade. Não é um casebre no meio do pinhal. Achamos que é muita distração. É preciso introduzir mecanismos de fiscalização ou rever os mecanismos existentes".
Fernando Caçoilo mantém o que já tinha dito em Junho para garantir que não foi o PS quem deu andamento ao processo mas a possibilidade da empresa encontrar um lote para mudar de instalações.
O autarca foi mais longe e diz ter dúvidas sobre a capacidade legal da autarquia para intervir de forma mais decisiva, como por exemplo, o encerramento da atividade (com áudio)