As cerimónias do “Dia de Ílhavo” ficaram hoje de manhã marcadas pelas distinções a pessoas e instituições do Concelho que viram reconhecido, assim, o seu mérito, publicamente, numa sessão solene realizada nos Paços do Concelho, numa sala repleta de público e de representantes de Partidos Políticos, da Igreja e do tecido associativo e empresarial local.
As eleições autárquicas deste ano (1 de Outubro), concitaram atenções, sendo um dos temas “mais tratados” nos discursos feitos no âmbito das tradicionais intervenções dos vários representantes dos Partidos Políticos que tem assento na Assembleia Municipal de Ílhavo (AMI), com a exceção do Bloco de Esquerda, que primou pela ausência.
Discursos que serviram para fazer, ainda, um balanço à recente atividade autárquica e “numa perspetiva de futuro”.
Fernando Caçoilo, atual líder autárquico, ainda não assumiu a recandidatura à presidência da Câmara mas, o seu discurso, 'transportou-o' para essa luta eleitoral (com áudio).
o Presidente da Mesa da AMI, Fernando Maria, no seu discurso, assumiu a recandidatura de Fernando Caçoilo. "Estamos certos que o Executivo, liderado por Fernando Caçoilo, saberá dar continuidade ao percurso de seriedade, rigor e competência, que tem sabido impor à sua eficiente gestão, tendo sempre em atenção o superior interesse das comunidades", vincou.
Em resumo, estando a terminar um ciclo de quatro anos, uns quererão prolongá-lo enquanto outros, pretendem mudanças na liderança da autarquia.
Fernando Caçoilo falou em “gestão rigorosa” dos recursos que dispôs na Câmara de Ílhavo. “Sabemos as necessidades da população, correspondemos aos seus anseios e os resultados alcançados foram excelentes”, enalteceu.
Prometeu "continuar a aproximar" os eleitos dos munícipes “conferindo, a todos, elevados padrões de qualidade de vida”, definindo como ‘Eixos Estruturantes’ para o futuro de Ílhavo, a (Revitalização Urbana; Cultura e Criatividade; ílhavo Inteligente; Ílhavo Inclusivo; Parque Central de Ílhavo; Mar e Ria; Turismo; Valorização do Capital Humano; Economia Mais Competitiva; Ílhavo e o Porto de Aveiro).
Para Fernando Caçoilo "estão garantidos" recursos financeiros Comunitários que "ajudam" a viabilizar o seu projeto político para o futuro, "resultantes do trabalho feito até agora". Falou no Orçamento para 2017 de 26,5 milhões de euros e numa "estabilização de valores" em comparação com 2016 (26,3 milhões).
“Mantém-se o rigor nas contas e o cumprimento da Lei dos Compromissos e o objetivo de cumprimento do PAO na ordem dos 85%”, vincou. “Estamos muito orgulhosos do nosso trabalho”, disse, adiantando que o ‘Valor da Despesa de Capital’ (33 milhões), “representou uma média de 11 milhões de euros anuais integrados na execução das Grande Opções do Plano (GOP) com execuções financeiras superiores a 90 por cento”.
A redução da divida bancaria “desceu de mais de 20 milhões de euros para 12,8 milhões”, prevendo-se que até ao final deste mandato o valor fique próximo dos 10,5 milhões. “Vamos continuar a concretizar projectos e a sonhar mais alto, com ambição e responsabilidade”.
Flor Agostinho (PSD) defendeu que "é absolutamente decisivo para o futuro, intensificar políticas apoiadas neste projeto do PSD. Pretendíamos dois mandatos. Este será o grande desafio para as próximas eleições”, vincou. “Temos de dar continuidade ao trabalho realizado por Fernando Caçoilo”.
Luís Leitão (PS) defendeu uma “política de mudança" com "novos modelos e novos actores”. “As condições de vida das famílias e das empresas devem ser melhoradas”, referiu.
Sobre o próximo ciclo autárquico disse que “é preciso tornar Ílhavo um Concelho liderante, com protagonismo na Comunidade Intermunicipal e no país e que não viva à sombra de velhos modelos, figuras ou lógicas partidárias”. Para o socialista, Ílhavo “não tendo sido um Concelho adiado, foi, pelo menos, empatado”. Espera um novo ciclo com “novas políticas e novos protagonistas”.
Jaime Santos (PCP) disse que “mais do que a obra realizada é preciso rigor na gestão pública”, adiantando que “o cumprimento de promessas eleitorais, o desenvolvimento da estrutura orgânica do município, a sua situação financeira, são situações que não admitem negligências e irresponsabilidades”.
As áreas da Saúde e Educação “terão de ser geridas sempre pelo 'Poder Central' e não pelas autarquias”, disse. “Os serviços públicos de proximidade terão de ser garantidos pelo Governo que, deve responsabilizar-se ainda pela manutenção do emprego e pelo crescimento económico".
Sandra Roque (CDS-PP), refletiu sobre “exercícios de cidadania”. Os cidadão eleitos "terão de fazer um exercício serio e competente”. Falou sobre "a qualidade da democracia" e "se se está a fazer tudo para defender um mundo livre, também a nível local".
Todos os intervenientes elogiaram os exemplos de vida e o "trabalho" desenvolvido pelos homenageados.
Ana Maria Lopes (antiga diretora do Museu Marítimo de Ílhavo - MMI), Valdemar Aveiro (antigo capitão da pesca do bacalhau e homem dedicado à escrita sobre temas marítimos), receberam medalhas de Mérito Cultural em Prata, e Vasco Lagarto (fundador da Rádio Terra Nova e homem ligado às novas tecnologias), recebeu a Medalha do Concelho em Vermeil.
A lista de condecorações incluiu o Centro Social e Paroquial de Nossa Senhora da Nazaré e o Centro Social e Paroquial da Gafanha da Encarnação, com a Medalha do Concelho em Vermeil, o Grupo de Teatro Ribalta com a Medalha de Mérito Cultural em Prata “por 25 anos de atividade”, o Novo Estrela da Gafanha da Encarnação (NEGE) com a Medalha de Vermeil “por 40 anos de atividades” e os funcionários municipais Álvaro Jorge Rocha com a Medalha de Dedicação em Prata, Maria de Lurdes Santos Cardoso e Maria Luísa Pinheiro com a Medalha de Dedicação em Vermeil.
“Que o seu exemplo de vida nos ajude a desenvolver uma sociedade mais justa e solidária”, referiu Fernando Maria, Presidente da Mesa da AMI, na abertura oficial da cerimónia.