A Câmara de Ílhavo aprova Voto de Protesto pela forma como o Parlamento aprovou o fim de portagens na A25 sem garantir que seria abrangida todo a extensão da via.
Decisão assumida na primeira reunião de Câmara de 2025 agora que as portagens caíram em toda a extensão, com exceção do troço com 3 pórticos em Albergaria e Aveiro.
O Município rejeita a manutenção de portagens na concessão Costa de Prata e diz que tal medida “prejudica o desenvolvimento económico da região e agrava as desigualdades sociais e económicas”.
Os acessos ao porto de Aveiro e às empresas e a movimentação diária de milhares de trabalhadores, para quem a A25 funciona como via de acesso a locais de trabalho, transformam esta questão numa prioridade.
João Campolargo leu o documento e lançou apelo ao Governo e à Assembleia da República para que sejam assumidas “medidas imediatas para a eliminação das taxas de portagem de Esgueira, Estádio de Aveiro e Albergaria-a-Velha”.
O autarca de Ílhavo diz que taxar o acesso ao Porto de Aveiro significa atacar a competitividade do país (com áudio)
“A A25 é vital para o movimento do Porto de Aveiro, um dos principais polos logísticos e de exportação do país, e que milhares de trabalhadores e centenas de empresas se deslocam diariamente através dessa via para cumprir as suas atividades. A manutenção das portagens impõe um custo adicional significativo tanto para os trabalhadores quanto para as empresas da região, o que compromete diretamente a competitividade e a sustentabilidade do tecido empresarial local, bem como a criação de emprego e o crescimento da economia da região”.
Nos argumentos da proposta aprovada, por unanimidade, a autarquia lembra que a A25 é “via essencial para a mobilidade e o desenvolvimento económico, especialmente para as populações e empresas locais”, faz das portagens “carga financeira desnecessária e injusta para as populações que dependem desta via para o seu quotidiano entre o Km 0 (Ílhavo) e Vilar Formoso”, agrava a “desigualdade de acesso a infraestruturas essenciais”, “prejudica o desenvolvimento económico local” e “contribui para a diminuição da qualidade de vida das populações”.
O Voto de Protesto segue para a Assembleia da República.