Plano e Orçamento aprovados em Ílhavo com votos favoráveis da bancada do Movimento Unir para Fazer e a abstenção da oposição política.
O processo de reabilitação e ampliação de Centros de Saúde e Escolas centrou as atenções com os Partidos da oposição a sugerirem que "falta consistência" nas grandes opções do Plano e no Orçamento uma vez que o financiamento das obras vai andar entre o PRR e o próximo ciclo de fundos financeiros europeus.
A maioria aprova a estratégia seguida, por encontrar uma definição quanto às prioridades.
Rui Rufino assegura que ensino e saúde formam a primeira linha de prioridades com a reabilitação da Escola Secundária de Ílhavo e as Escolas básicas 2 da Gafanha da Nazaré e Ílhavo. Elogia a maioria pelo "esclarecimento" colocado nos documentos. (com áudio)
Sérgio Louro, do Chega, elogia a reabilitação enquanto aposta estruturante. O vogal do Chega diz que essa é uma prioridade mas pede "mais ambição" por entender que nem todas as estruturas necessitadas de obras estão consagradas neste plano e deixou o exemplo da Escola da Costa Nova. (com áudio)
As principais críticas surgiram das bancadas de PS e PSD que tinham optado pela abstenção em reunião de Câmara.
Ouviram-se argumentos repetidos com o dedo apontado à falta de ambição e à ausência de um calendário e fontes de financiamento mais definidas.
Pedro Martins, vogal do PS, considera que os documentos não detalham as intervenções setoriais que permitissem uma fiscalização mais concreta sobre o cumprimento dos planos. Disse que não há nada de relevante quanto a obras. (com áudio)
O Partido Social Democrata insiste na questão dos Centros de Saúde.
Margarida Alves fala de uma realidade a duas velocidades dentro do mesmo município, com dois milhões de euros para o Centro de Saúde de Ílhavo e 10 mil euros para o Centro da Saúde da Gafanha da Nazaré.
Calendários diversos, fontes de financiamento diversas e maturação de projetos que não permitem perceber quando haverá obras. (com áudio)
João Campolargo lembra que até há bem pouco tempo não havia sequer referências aos Centros de Saúde nos Planos e Orçamentos. "Hoje há mudança na estratégia", disse.
O autarca desmente o “vazio” e apresenta trabalho feito na área do estudo prévio e base para lançar projetos.
Quanto aos calendários ou fontes de financiamento, explica que "está na dependência" das decisões do Governo mas com trabalho preparatório da autarquia "para não desperdiçar oportunidades". Algo que, segundo Campolargo, não existia no passado. (com áudio)
O pacote fiscal foi aprovado com 9 votos favoráveis e 15 abstenções.