A Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha da Nazaré não tem dúvidas em utilizar o conceito “pontos negros” para classificar alguns locais na cidade da Gafanha da Nazaré pela perigosidade ou pela reincidência nos acidentes.
Esta semana já tinha sido notícia o cruzamento da Alameda Prior Sardo com a rua Gago Coutinho e a sucessão de dois acidentes em cinco dias leva a ADIG a reforçar o apelo para a qualificação do espaço com mais sinalética.
Desta vez, foi um acidente na tarde deste sábado a levar o dirigente associativo Humberto Rocha a qualificar a situação como preocupante e a exigir uma resposta imediata.
Admitindo que os semáforos não podem ser “semeados por todo o lado” e são de custo elevado, lembra que há “formas mais baratas de solucionar ou minimizar o problema” com “lombas, sinalização horizontal pintada nas vias ou linhas de estímulo à redução de velocidade”.
“São formas baratas de resolver os problemas. Basta ter consciência dos gastos na reparação de viaturas, em gastos hospitalares, sem falar no valor da vida humana”.
Humberto Rocha diz que os autarcas da Câmara de Ílhavo e da Junta da Gafanha da Nazaré não podem “assobiar para o lado até haver casos graves”. “É verdade que há naquele cruzamento um stop. É verdade que os condutores têm de ter mais cuidado, têm de andar atentos. No entanto também temos de pensar duas vezes no caso dos acidentes se repetirem, frequentemente, num dado local, nos designados pontos negros”.
A Câmara de Ílhavo já adiantou que as marcações na estrada não estão ainda concluídas depois da obra de saneamento que foi concretizada em grande parte da freguesia. Fernando Caçoilo explicava na passada sexta-feira que esse processo de marcações na estrada vai qualificar a segurança nalguns cruzamentos.
Um processo a "conta-gotas" que fica a dever-se à pressão sobre a empresa que ganhou o concurso e que em breve estará de regresso à empreitada na Gafanha da Nazaré para concluir os trabalhos.