Catarina Martins assume que há limites no processo de criação de um entendimento à Esquerda admitindo que o próximo Governo não será o Governo do Bloco de Esquerda mas sublinha que o cenário criado com os resultados foi determinante para as negociações entre BE, PCP, Verdes e PS. “Este não é o Governo do Bloco mas um compromisso a que não vamos faltar porque faz a diferença na vida das pessoas, travando o seu empobrecimento”.
A coordenadora do Bloco de Esquerda esteve em Aveiro, na Casa da Comunidade Sustentável, numa sessão pública para discutir a situação política do País. A recuperação de rendimentos, a defesa do Estado Social, a reposição dos salários na função pública, a reposição de feriados e a reversão do processo de privatização dos transportes são algumas linhas da política que será seguida caso António Costa seja indigitado Primeiro-Ministro.
E sobre o tempo que o Presidente da República está a investir nas audições antes de tomar uma decisão a porta-voz do BE deixou um recado para a Presidência. “Cavaco Silva não se convence mas esta maioria existe e está já a trabalhar, mesmo que Cavaco Silva tenha dificuldade em vê-la. Não ficamos à espera de Cavaco”.
Moisés Ferreira, deputado do Bloco de Esquerda eleito pelo círculo de Aveiro, afirma que o governo PSD/CDS “está a toda a pressa a fechar negócios”, exemplificando com o caso da TAP, e denunciou que a direita tomou medidas para tentar “impor o seu modelo mais reacionário de sociedade, onde não há solidariedade”.
Nelson Peralta deixou uma nota sobre Aveiro mas acusar a governação de direita de “atacar os rendimentos do trabalho para dar ao capital”. Acusa a “Câmara de Aveiro de declarar os maiores impostos para 2016” e que tenta a privatização da Move, “pela quarta vez”, garantindo a quem ficar com a empresa “um verdadeiro jackpot”.