Eleições legislativas a 18 de Maio.

O presidente da República tomou a decisão de dissolver a Assembleia da República e convocar eleições para 18 de maio.

Decisão tomada e anunciada ao país esta quinta-feira.

Marcelo Rebelo de Sousa tomou a decisão na sequência do chumbo da moção de confiança apresentada pela maioria liderada por Luís Montenegro.

O presidente ouviu os partidos e o Conselho de Estado e deixou apelo para uma campanha “clara, digna e respeitadora que fortaleça a democracia” (com áudio).

Marcelo Rebelo de Sousa aludiu ao quadro internacional para defender quadro de estabilidade mas diz que a crise surgiu de forma inesperada.

“Tudo a aconselhar a estabilidade, ou seja, não haver crises nem sobressaltos que atrasem o que é urgente fazer e fazer bem. Inesperadamente, num mês – entre fevereiro e março – surgiu uma crise aparentemente só política, como tantas outras”.

O PR não esconde que o país foi confrontado com posições extremadas em torno da figura do Pirmeiro-Ministro.

"Este choque, não apenas legal, nem político, mas sobretudo de juízo ético ou moral sobre uma pessoa e sua confiabilidade, o Primeiro-Ministro, suscitou uma questão nova, é que todos os esforços de entendimento, mesmo mínimo, se revelaram impossíveis. Porquê? Porque, para uns, com os factos invocados e os esclarecimentos dados, a confiança ética ou moral era óbvia. Porque, para outros, com os mesmos factos invocados e os esclarecimentos dados, a desconfiança moral ou política é que era óbvia. E, entre as duas posições, o acordo não era possível. Não se pode, ao mesmo tempo, confiar e desconfiar ética ou moralmente de uma pessoa, neste caso do Primeiro-Ministro, e, portanto, do Governo. Não havia meio caminho”.