Eleições Autárquicas 2017 (Aveiro): PS começou semana focado no trabalho das Juntas de Freguesia.

O PS promoveu, em Aveiro, um encontro que juntou todos os candidatos às Juntas de Freguesia do Concelho de Aveiro, prometendo "continuar a ter proximidade" às populações locais, "lançando as bases para uma mudança nas políticas", sublinhando que "o poder local é serviço, motor de desenvolvimento e coesão entre todos e o garante da qualidade de vida de todas as pessoas".

O encontro "serviu para vincar os aspetos negativos que deteta na análise ao balanço em curso ao mandato camarário da coligação PSD-CDS-PP-PPM, nomeadamente, a forma desbragada de eleitoralismo à custa de tudo e de nada que se vem fazendo (...) não faltam exemplos: Em quatro anos viu-se um Município abandonado. Agora até se trabalha ao sábado no arranjo de jardins, canteiros; Continuam as operações de cosmética (passadeiras e ruas); Há dinheiro, sempre houve dinheiro! (Utilizou-se mais de 45 mil euros para o chamado Festival Dunas de S Jacinto! Dinheiro que foi poupado para os números de propaganda a um mês das eleições)", é referido em Comunicado enviado à Redacção Terra Nova.

"Nas alternativas que estão a ser trabalhadas, o programa eleitoral em curso será totalmente virado para devolver Aveiro aos Aveirenses, como por exemplo: Acolhimento de todos e envolvimento dos colaboradores da Câmara; Simplificação e agilização de processos; Luta contra todos os espartilhos, nomeadamente na redução de impostos e taxas; Melhoria das vias de comunicação, como a EN 235 ou as antigas EN 230 e EN 109; Fomento da produção cultural; Dinamização de outras fontes de rendimento, nomeadamente as associadas à diversificação das ofertas turísticas e a captação de investimentos", adiantam.

"A mudança fez-se à custa dos aveirenses, penalizados com taxas e impostos máximos. Sobrou sempre para os mesmos e com custos sociais. As pessoas ficaram sem acesso regular a serviços importantes, como os transportes públicos, isso prejudicou todos. Falta uma boa política de mobilidade. Vai valendo a velhinha BUGA lançada pelo PS, ironia das ironias", refere Manuel Oliveira de Sousa, candidato à liderança da Autarquia. "A reforma da Câmara passou por 'um arrumar' ao nível dos funcionários, mas é público e notório que há muita dificuldade em interagirem no trabalho e realizarem aquilo que sabem fazer melhor". "A grande virtude foi o turismo, dizem-nos. Cresceu pela conjuntura e graças aos investimentos nos muros dos canais feitos no tempo do PS. Mas viu-se o transtorno na cidade, porque não se preparou atempadamente um plano estratégico, com medidas cautelares. Não é possível potenciar, assim, um sector que tem de continuar a crescer. Não deixou ser o turismo do moliceiro, de roteiro único. O ecoturismo - na pateira de Requeixo ou na da Reserva de São Jacinto - foi esquecido em Aveiro. Os turistas não chegam lá", vincou. "A requalificação das zonas industriais, para atrair mais empresas, é fundamental". "Os municípios da Ria já concluíram os seus cais de abrigo. O Presidente da CIRA falhou na sua própria Câmara ao adiar o equipamento em falta na Freguesia de São Jacinto", sublinhou, adiantando que na agricultura, "é necessário definir como rentabilizar os investimentos que podem beneficiar os campos de Cacia ou de Eixo. Foi prometido e adiado". "A gestão integrada, descentralizada, do litoral costeiro, da Ria e do Baixo Vouga, é negociada por Ribau Esteves há quase vinte anos, infelizmente sem sucesso".