Aveiro e Águeda admitem que vai ser necessário mais dinheiro que o iniclamente previsto para a construção do eixo rodoviário entre as duas cidades.
A mensagem já chegou ao Governo e as autarquias acreditam que não haverá dificuldade para concluir a obra até 2026.
No momento em que se prepara o arranque do processo de expropriações, autarcas, Governo e Infraestruturas de Portugal reuniram para um ponto de situação.
O projeto de execução da ligação rodoviária Águeda/Aveiro avança, a “bom ritmo” e, em breve, irá iniciar o processo de expropriações.
Estas são duas das principais conclusões de uma reunião que as Câmaras de Águeda e de Aveiro tiveram com a Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, com os secretários de Estado do Planeamento e Desenvolvimento Regional (respetivamente Eduardo Pinheiro e Isabel Ferreira); com a Infraestruturas de Portugal e com a Presidente da CCDRC, Isabel Damasceno.
Neste encontro de trabalho e de acompanhamento do processo, no passado dia 22, foram ainda prestados esclarecimentos relacionados com o custo atualizado da obra e o seu financiamento no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência.
Os custos para a obra serão superiores à previsão orçamental inicialmente anunciada.
A nota explicativa elaborada pelos Municípios de Águeda e de Aveiro e pelos projetistas já foi enviada para o Ministério da Coesão Territorial e entidades competentes.
“Temos segurança na execução total deste importante projeto e obra até meados de 2026”, declararam os presidentes dos dois Municípios, acrescentando que “neste momento, o perfil da obra está totalmente definido e os custos apontados”.
O projeto de execução em curso está em franco desenvolvimento e, em breve, “estaremos numa fase de iniciar os processos de expropriações”, disse ainda Jorge Almeida, Presidente da Câmara de Águeda, que exaltou o “a colaboração direta da direção e corpo técnico muito qualificado da IP que têm vindo a dar contributos muito relevantes em todo este projeto”.
Nesta altura, vão avançar os editais para as Uniões de Freguesia de Travassô e Óis da Ribeira e de Trofa, Segadães e Lamas do Vouga para dar início ao processo de expropriação.
Nesta reunião de trabalho, foram também apresentados esclarecimentos quanto à obra da ligação do Parque Empresarial do Casarão ao IC2.
“Esta é uma obra extremamente relevante, ansiada por gerações de aguedenses, que vai ter um impacto muito positivo no desenvolvimento do nosso concelho e região, contribuindo de uma forma indiscutível para a dinâmica empresarial e para aumentar a atratividade destes dois concelhos, seja do ponto de vista industrial ou outros”, disse Jorge Almeida, lembrando que esta será uma via rápida que permitirá reduzir custos e tempos de deslocação entre as duas cidades.
Nos seus 14 quilómetros prevê reduzir em cerca de 40% a extensão do percurso e em 65% tempo de viagem.
O traçado previsto, em perfil de autoestrada (com duas vias em cada sentido), tem o seu início na chamada “rotunda do Millennium”, em Travassô, passando por Eirol, cruzando a A1 e a A17 e terminando na rotunda do Parque de Feiras e Exposições de Aveiro.