Alberto Souto Miranda afirma que Alcochete deverá ser a escolha para a construção de um novo aeroporto na zona de Lisboa pelo potencial de crescimento.
O antigo Secretário de Estado Adjunto do Ministro das Infraestruturas lidou, de perto, com o dossiê e chegou a fazer a defesa do Montijo como solução mais rápida e mais económica para uma resposta complementar ao aeroporto Humberto Delgado.
Agora, já fora do Governo desde 2020, num Ministério que deixou de contar com Pedro Nuno Santos no final de 2022, Alberto Souto admite que o país tem deixado arrastar o processo.
Para a história ficou o "veto" de autarcas da margem Sul, eleitos pelo PCP, que Souto associa aos difíceis equilíbrios da "geringonça".
Sobre a mais recente opção do Governo por colocar em cima da mesa as diferentes opções na tentativa de consensualizar uma escolha, Souto diz que é a forma de blindar o processo e tomar uma decisão com amplo consenso (com áudio)
O antigo Secretário de Estado não esconde que o dossiê “novo aeroporto” foi dos mais complexos e chegou a ser um dos mais polémicos no consulado de Pedro Nuno Santos.
No verão passado, sem avisar o Governo, o Ministério decidiu emitir um despacho a definir procedimentos sobre a avaliação ambiental estratégica do Plano de Ampliação da Capacidade Aeroportuária da Região de Lisboa.
Estudo que definia o Montijo como estrutura de transição e Alcochete como solução de futuro para acabar com o aeroporto de Lisboa em 2035.
Apesar de criticado, o antigo Ministro ficou no Governo até final do ano quando apresentou a demissão na sequência da polémica sobre a TAP.
Alberto Souto Miranda assume agora que o processo respeitante ao despacho em Junho de 2022 deveria ter levado a uma demissão imediata (com áudio).
Declarações de Alberto Souto ao programa “Conversas”. Entrevista para ouvir esta quarta às 19h.